quarta-feira, 29 de abril de 2009

WI-FI: A SENSAÇÃO DA ELEIÇÃO!

A imitação é a forma mais sincera de elogio.

Senhora, senhorita, senhor visitante,

Qual não foi a surpresa dos membros da Chapa 4 - ALIANÇA PELA LIBERDADE, quando descobrimos nos materiais de campanha de outras chapas o destaque para a proposta de Wi-Fi nos campi!? (E a satisfação, é claro!)

A primeira forma de saber se uma proposta e/ou ideia é interessante é o ímpeto alheio em copiá-la. Não negamos que tal idéia tenha surgido nas rodas de debate dessas chapas, mas lembramos ao estimado eleitorado que o primeiro destaque a este respeito foi dado por nós:

"Entre as propostas que a legenda levará aos conselhos estão a instalação de uma rede wifi por toda a universidade, aumentar o número de lanchonetes e livrarias no campus, criar mecanismos de arrecadação de dinheiro para melhorias na Casa do Estudante e melhorar a segurança nos campi." http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=1540

Nós acreditamos em uma Universidade moderna e eficiente. EM TERMOS CLAROS: com maior número de publicações,; com pesquisas maiores e com maior aporte financeiro, inclusive com capital privado; com salas de aula melhores e com melhor possibilidade de desenvolvimento do conhecimento. Neste sentido, a rede Wi-Fi é uma necessidade, e não um luxo, como pensam alguns revolucionários de plantão.

O que nos diferencia: propor todos propõe! Falar é facil, fazer é que são elas! Então a CHAPA 4 - ALIANÇA PELA LIBERDADE adiantou o dever de casa. Fizemos uma consulta informal no CPD para saber se há algum projeto a respeito em andamento. Nós, como estudantes preocupados em buscar e disseminar informações, trazemos para você a situação atual.

Já está em andamento um projeto que instalará Wi-Fi de alta qualidade na BCE, nos mezaninos do Udefinho e Ceubinho, nos anfiteatros do ICC e nos Pavilhões (PAT e PJC). Acredita-se que antes do final do ano as instalações estarão completas e funcionando. Infelizmente, a estrutura do ICC prejudica o aproveitamento do sinal da banda dos anfs na banda oposta (FAC,FAU,VET,MAT,PSI...). Uma solução a ser construída é a instalação de uma rede mais simples (e bem mais barata) em cada um desses departamentos como suporte à rede que já será instalada. Claro, ela será menos eficiente e surgirá também o problema fundamental: ter de trocar de senha a cada departamento (lembremos, a UnB não é um colégio em que cada estudante fica isolado em seu curso). Para tanto firmamos aqui o compromisso de continuar a acompanhar esse projeto e divulgar esse acompanhamento. Além disso, estaremos em permanente contato com os CAs dos cursos que tenham sua rede própria ou que querem possuí-la. Através do feedback dos seus alunos, transmitiremos aos departamentos e ao CPD (e aos Conselhos, CLARO!) a realidade do usuário, buscando uma crescente melhora na oferta deste serviço.

Não vemos o porquê de não usar o diálogo como instrumento fundamental de realização de nossas demandas. Informação e transparência nós praticamos desde já!
Esta não é uma disputa por poder, mas uma postura comprometida com uma Universidade OBJETIVAMENTE MELHOR!


Nesta caminhada, Gama, Ceilândia e Planaltina serão nossos próximos alvos! Notícias em breve!



segunda-feira, 27 de abril de 2009

VOCÊ PERGUNTA E A ALIANÇA RESPONDE!

O que são os conselhos universitários e qual o poder de atuação deles?
A Universidade de Brasília possui três conselhos. O Conselho de Administração (CAD) onde são votadas questões importantes como o credenciamento das fundações de apoio. Temos ainda o Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão (CEPE) onde foi votada recentemente a adesão da UnB ao ENEM ou o novo calendário acadêmico. Temos ainda o Conselho Universitário (CONSUNI) onde são votadas questões importantes como a expansão da Universidade e a criação de novos cursos. Em suma, a esmagadora maioria das propostas que as chapas anunciam nos panfletos só podem ter alguma efetividade se aprovadas em algum desses conselhos.

Vocês possuem pessoas filiados a partidos políticos na chapa?
Não. Uma das propostas da Aliança pela Liberdade que a torna o "patinho feio" do movimento estudantil é o fato de priorizar o Movimento Estudantil da unb para os estudantes da unb e suas preocupações que os unem, a vida universitária nesse espaço. Dessa forma, partidos que trazem causas externas a universidade (que geralmente ofuscam os problemas mais imediatos) não são interessantes para os estudantes pragmáticos. Além disso, a partidarização no Movimento Estudantil em muitos casos serve de trampolim para carreiras políticas, criando conchavos e alianças que buscam mais interesses pessoais do que de fato conseguir melhorias para a universidade. Dessa forma, tentando evitar esses interesses escusos, não possuímos membros de partidos políticos no grupo. Não somos contra a filianção partidária, ela faz parte do ambiente externo a unb, porém não apoiamos a internalização das agendas destes partidos e outras formas de promulgação destes na universidade, movendo o movimento estudantil para caminhos que o prejudica.

Quais propostas só vocês têm, que os diferenciam dos outros?
PM no Campus. Financiamento da sociedade-civil a pesquisa, através de fundações de apoio (desde que transparentes e eficazes). Desvinculamento do ME a partidos políticos, buscando sempre preocupar-se mais com os problemas internos da universidade (e do grupo que representamos, os estudantes). Maiores condições para dar a liberdade ao estudante conseguir aquilo que ele quer na universidade, seja o mercado de trabalho, seja a vida acadêmica. Uma biblioteca mais completa e participativa nas decisões da universidade.

Temos muitas propostas que, na nossa visão, são convergentes com outros grupos e podemos nos articular para conseguir, como uma universidade mais ambientalmente sustentável e melhoramento da estrutura física nos campi (em alguns ainda nem há o campus em si).

Faça sua pergunta através de nosso Formspring: http://www.formspring.me/liberdadeunb

domingo, 26 de abril de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ALGUNS PONTOS FUNDAMENTAIS E PRINCÍPIOS





Orientados pelos princípios de liberdade, democracia e ordem, os membros da Chapa 4 (Aliança pela Liberdade) trazem, com a finalidade de colaborar para o desenvolvimento científico e o bem estar da comunidade acadêmica, as seguintes propostas e reafirmam os seguintes princípios:

A. Instalar sistema Wi-fi em todo o campus, buscando parcerias com empresas do ramo a fim de atingir o objetivo sem onerar demasiadamente o erário.
B. Aperfeiçoar o sistema de segurança nos campi, com especial enfoque para nossos estacionamentos e para a defesa da mulher em sua dignidade e integridade física.
C. Elaborar e efetivar programas que combatam os focos de mosquitos da dengue na UnB.
D. Promover medidas institucionais que incentivem o aumento de concessões dentro dos campi, tais como lanchonetes, livrarias e outros estabelecimentos que sejam necessários.
E. Defender o aumento de convênios com renomadas universidades estrangeiras, visando à capacitação técnico-científica de estudantes de graduação e pós-graduação e docentes.
F. Promover a integração científico-social entre os campi da UnB.
G. Questionar cursos exclusivos para o Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra, UDR, TFP, ou quaisquer associações afins.
H. Defender o reforço de processos que tenham o mérito acadêmico e o esforço intelectual individual como requisito absoluto para a seleção de novos membros da comunidade acadêmica.
I. Manter e intensificar a fiscalização da Reitoria como método de garantir a transparência e a moralidade nos gastos públicos na Universidade. Para tanto defenderemos a vinculação de um site que disponibilize periodicamente todos os gastos e movimentação da Fundação Universidade de Brasília (a exemplo do Portal Transparência) ao site unb.br.
J. Defender a contínua simplificação dos processos administrativos.
K. Aperfeiçoar o processo sinérgico entre a UnB, os Três Poderes, a sociedade civil e a iniciativa privada.
L. Fortalecer e patrocinar das Empresas Júnior como método de promoção de uma cultura empreendedora na comunidade discente da UnB.
M. Prover instrumentos para o delineamento de uma política de sustentabilidade em todos os campi da UnB, inclusive pela utilização de novas tecnologias que diminuam o desperdício de recursos naturais e diminuam os gastos da Universidade com infra-estrutura.
N. Estimular trotes com orientação pacífica e cidadã.
O. Atuar com responsabilidade e sem paixões ideológicas diante da possibilidade de qualquer greve por parte de qualquer segmento dentro da Universidade de Brasília.
P. Apoiar a existência das Fundações de Apoio na UnB. Isto se dará pela difusão entre os alunos de graduação e pós-graduação de informações a respeito do funcionamento das fundações. A idéia é divulgar e promover seminários e palestras organizadas pelas Fundações voltadas para o público específico de estudantes da UnB. Isto facilitará o acesso aos editais e, consequentemente, ao financiamento e desenvolvimento de projetos de pesquisa.

A RESPEITO DESTE BLOG


A Chapa "Aliança pela Liberdade" gostaria de declarar que este blog passa a ser, a partir deste post, o blog da Chapa. Quaisquer postagens anteriores são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores e representam suas visões individuais. Naturalmente, isto em nada diminui a importância das reflexões trazidas aqui por tais postagens.


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Uma aliança pela Liberdade!

"O preço da liberdade é a eterna vigilância"
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Caras Amigas, Caros Amigos,
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Na última semana de abril se realizará novo pleito para escolher o DCE da UnB (gestão 2009). No mesmo pleito se realizarão, novamente, eleições para Representantes Discentes. Permitam-nos tomar alguns de seus preciosos minutos para explicar o que são os RDs.
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Há em nossa Universidade três conselhos superiores. São eles o Conselho Universitário (CONSUNI), o Conselho de Administração (CAD) e o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE).
O que fazem os conselhos e qual sua importância? Vejamos o Estatuto da UnB:
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Art. 6º. A Universidade de Brasília está estruturada da seguinte forma:
  1. Conselhos Superiores;
  2. Reitoria;
  3. Unidades Acadêmicas;
  4. Órgãos Complementares;
  5. Centros.
Art. 11. A Administração Superior da Universidade de Brasília tem como órgãos deliberativos, normativos e consultivos o Conselho Universitário, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e o Conselho de Administração; como órgão consultivo, o Conselho Comunitário, e, como órgão executivo, a Reitoria.
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Art. 12. O Conselho Universitário é o órgão máximo da Universidade de Brasília e tem por atribuições, entre outras:
  1. formular as políticas globais da Universidade;
  2. propor ao Conselho Diretor da FUB/Fundação Universidade de Brasília a programação anual de trabalho e as diretrizes orçamentárias;
  3. avaliar o desempenho institucional;
  4. aprovar a criação, a modificação e a extinção das unidades previstas nos incisos III, IV e V do art. 6o deste Estatuto;
  5. propor ao Conselho Diretor da FUB o Regimento Geral e as suas alterações, bem como emendas a este Estatuto;
  6. criar cursos de graduação e de pós-graduação stricto sensu, ouvido o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;
  7. apreciar recursos contra atos do Reitor nos casos e na forma definidos no Regimento Geral;
  8. aprovar os regimentos internos das Unidades Acadêmicas, Órgãos Complementares e Centros;
  9. apreciar, em grau de recurso, as decisões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e do Conselho de Administração, nos casos e na forma definidos no Regimento Geral;
  10. aprovar o Código de Ética;
  11. aprovar as vinculações orgânicas das Unidades Acadêmicas, Órgãos Complementares e Centros.
Art. 13. Integram o Conselho Universitário:
  1. o Reitor, como presidente;
  2. o Vice-Reitor, como vice-presidente;
  3. os Decanos; os Diretores das Unidades Acadêmicas;
  4. 5 (cinco) representantes do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão;
  5. 1 (um) representante do Conselho Comunitário, eleito entre seus membros;
  6. 1 (um) representante dos Órgãos Complementares;
  7. 1 (um) representante dos Centros;
  8. 1 (um) representante docente de cada Unidade Acadêmica, eleito por seus pares;
  9. os representantes discentes, eleitos por seus pares, em número correspondente a 1/5 (um quinto) dos demais membros do Conselho, sendo1/4 (um quarto) dessa representação composta por alunos de pós-graduação;
  10. os representantes dos servidores técnico-administrativos, eleitos por seus pares, em número correspondente a 1/10 (um décimo) dos demais membros do Conselho;
  11. 1 (um) representante dos ex-alunos da Universidade de Brasília.
Art. 15. O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão delibera sobre as matérias acadêmica, científica, cultural e artística, sendo a última instância de deliberação para recursos nessas áreas, ressalvados os casos previstos no inciso X do art. 12.
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Art. 16. Integram o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão:
  1. o Reitor, como presidente;
  2. o Vice-Reitor, como vice-presidente;
  3. os Decanos de Ensino de Graduação, de Pesquisa e Pós-Graduação e de Extensão;
  4. 1 (um) representante de cada Conselho de Instituto e Faculdade, escolhido entre os seus membros;
  5. 1 (um) representante por Unidade Acadêmica, eleito entre os coordenadores dos cursos de graduação, dos cursos de pós-graduação e de extensão;
  6. 2 (dois) representantes dos Centros afins a atividades de ensino, de pesquisa e de extensão;
  7. os representantes discentes, eleitos por seus pares, em número correspondente a 1/5 (um quinto) dos demais membros do Conselho, sendo 1/4 (um quarto) dessa representação composta por alunos de pós-graduação.
Art. 17. O Conselho de Administração delibera sobre a matéria administrativa, econômica, orçamentária, financeira e de desenvolvimento de pessoal e sobre relações sociais, de trabalho e de vivência, em conformidade com a programação anual de trabalho e diretrizes orçamentárias estabelecidas no art. 12, inciso II, ressalvados os casos previstos no inciso X do art. 12.
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Art. 18. Integram o Conselho de Administração:
  1. o Reitor, como presidente;
  2. o Vice-Reitor, como vice-presidente;
  3. os Decanos de Administração e de Assuntos Comunitários;
  4. o Prefeito do Campus;
  5. os Diretores das Unidades Acadêmicas;
  6. 1 (um) representante de cada Conselho de Instituto e Faculdade, eleito entre seus membros;
  7. 1 (um) representante dos Centros vinculados à Reitoria;
  8. 1 (um) representante dos Órgãos Complementares;
  9. os representantes discentes, eleitos por seus pares, em número correspondente a 1/10 (um décimo) dos demais membros do Conselho, sendo 1/4 (um quarto) dessa representação composta por alunos de pós-graduação;
  10. os representantes dos servidores técnico-administrativos, eleitos por seus pares, em número correspondente a 1/10 (um décimo) dos demais membros do Conselho.
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Com uma leitura rápida podemos entender a relevância dos Conselhos. A boa atuação deles é o que de fato decidirá os caminhos e o sucesso de nossa Universidade. Conselhos que funcionem de forma produtiva e responsável podem e devem servir como freio para gestões parasitárias, partidárias e ineficazes. Contudo, como esperar uma atuação eficiente e benéfica para os estudantes se deixarmos nossa representação, eco de nossas vozes e vontades, concentrada na mão de incompetentes e irresponsáveis "revolucionários" juvenis? Para entender a agressividade desse termos, façamos uma breve volta no tempo e analisemos a atuação discente no último mandato.
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Nas últimas eleições para os Conselhos a distribuição de votos se deu, mais ou menos, da seguinte forma:
  1. A atual gestão do DCE (juventude do PSOL, PSTU e um grupo de extrema esquerda, Instinto Coletivo) obteve 45% dos votos.
  2. O grupo Reconstruindo o Cotidiano (partidários e simpatizantes de partidos da base governista, em especial PT e PV) obteve cerca de 25% dos votos.
  3. O grupo da União da Juventude Socialista, que congrega a juventude do PCdB e hoje domina a UNE, obteve cerca de 15% dos votos.
  4. A União dos Estudantes Indenpendentes (grupo do qual fazia parte e que não tinha filiados a nenhum partido, mas que congreva gente de toda faixa ideológica) obteve também 15% dos votos.
Observamos uma supremacia da extrema esquerda na representação dos alunos. O que acontece, porém, é que essa representação não ocorreu de fato. Na imensa maioria das reuniões do Conselhos, os conselheiros do DCE sequer compareciam. Muitas vezes, mesmo tendo quase metade das cadeiras, o grupo mandava apenas um conselheiro. Oras, o que de fato o DCE fazia era retirar dos estudantes seu poder de voz e representação. Uma atitude inaceitável, de uma irresponsabilidade gritante. Um observador desatento poderia crer que como o voto dos alunos representa apenas um quinto dos votos do CONSUNI, por exemplo, a falta de alguns deles não faria muita diferença. Nada mais falso! Há dois fatos fundamentais que demolem tal falácia:
  1. Nunca o Conselho tem 100% dos membros presentes. Na verdade, na imensa maioria das vezes, o Conselho tinha entre 60-70% de presença. Diante disso, se os estudantes sempre estiverem presentes, sua representação real passa a ser consideravelmente maior.
  2. Jamais vi os professores votando em bloco. São raras as vezes em que a maioria vota unida. Isto deverá ficar ainda mais claro diante da nova realidade política que vive a UnB (lembremos que cerca de 56% dos professores votaram no candidato a reitor que foi derrotado).
Qual cenário se consolida diante de nós para a próxima eleição? Há hoje três possíveis chapas para concorrer aos RDs e DCEs. São elas:
  1. Uma reedição da atual gestão do DCE, preservando a mesma aliança de então.
  2. A união do Reconstruindo com o que sobrou da antiga União dos Estudantes Independetes.
  3. A chapa da União da Juventude Socialsita (UJS), que sempre lança sua candidatura.
Todas elas, com maior ou menor envolvimento, participaram da invasão da Reitoria ano passado. Todas elas, com maior ou menor envolvimento, apoiaram a eleição do Prof. José Geraldo para Reitor de nossa Universidade. Todas elas, com maior ou menor radicalismo, estão no espectro político da esquerda. (Aqui faço uma ressalva para que não digam que colocamos todas as chapas na vala comum. A despeito de divergências ideológicas fundamentais, os membros da possível chapa UEI/Reconstruindo sempre se portaram de forma madura e inquestionavelmente responsável em todas as reuniões dos Conselhos de que participei ou de que tive notícia).
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Diante disso, devemos ficar passivos e nada fazer? Por princípio e experiência a nossa resposta é um sonoro "Não!". Os Conselhos funcionam e podem funcionar de forma ainda melhor. Os estudantes têm o direito e o dever de influir de forma positiva na agenda desses Conselhos. Há um grupo significativo de estudantes em nossa Universidade que crê que podemos participar da gestão da UnB utilizando mais do que palavras de ordem e ridículas bandeiras já vencidas pela história. Creio que hoje sejamos uma minoria, mas as minorias têm o direito de se fazer representar, de se fazer ouvir. Se nós não estivermos lá, eles sempre falarão por nós, com um discurso medíocre e totalizante, como se fossem a quintessência de nossos anseios e vontades.
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Mas... "nós quem, cara pálida"!? Nós liberais. Nós que cremos que a liberdade de expressão é inegociável. Nós que cremos que divergir é um direito a ser exercido. Nós que acreditamos que o diálogo e o debate devem ocorrer a toda hora e em todo espaço, mas que o processo decisório, a negociação formal, a apresentação e consecução de demandas tem lugar, data e método. Nós que acreditamos que a balbúrdia e a violência, que o argumento da força são inaceitáveis dentro de uma sociedade democrática. Nós que acreditamos que o mérito e o esforço individual devem ser os principais objetos de avaliação dentro do espaço acadêmico. Nós que rechaçamos tergiversações a respeito de classes, raças ou quaisquer minorias inventadas com o fim claro e inequívoco de obter ganhos eleitorais. Nós que cremos que a Universidade deve ser um espaço de politização, que deve afugentar a alienação e a infantilização dos seus membros, mas que isto não se confunde com picadeiro de partidos e sindicatos. Nós que cremos que o indivíduo é o foco central de nossa sociedade.
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Esses grupos que se organizam para a eleição parecem crer que os indivíduos deveriam se comportar como números em uma realidade centralizadora. Sua identidade se confundiria com a do grupo do qual professam participar. Você só é um(a) negro(a) se for um negro militante, e militando, claro, segundo os princípios que eles profesam. Você só é um(a) homossexual aceitável se engajado for. Você só é um índio se for um "buensalvajista", engajado pela expulsão do colonizador ou de seus herdeiros. Você só é um latino americano se professar o antiimperialismo, se for antiamericano, se for anticapitalista, se for terceiromundista. Para eles não há identidade fora da coletividade.
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Nós acreditamos que todos os seres humanos são indivíduos. Nós somos todos diferentes. Ninguém, graças aos Céus, é igual ou idêntico a qualquer outra pessoa. E nós acreditamos que todos têm o direito de serem diferentes, mas que, da mesma forma, todo ser humano é igualmente importante. Nossas igualdades residem em nossos direitos. O direito de pensar como quisermos, de estudar como quisermos e de orientar nossos esforços e nossa formação como quisermos. Não podemos e não iremos aceitar a visão totalizante de um movimento estudantil que até hoje parece estar a espera de seu Che Guevara. É hora de mostrar que existimos e que não somos apenas uma voz a ser ouvida, mas a melhor voz a ser ouvida.
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Para que a discussão acerca do bebeudoro que não funciona, do professor ausente e do giz que falta não se transforme em mais uma marcha contra o FMI e a Globalização, assumamos a responsabilidade de estar nos Conselhos e de dar voz à sensatez.
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