sexta-feira, 21 de maio de 2010

COVARDIA na UnB

Publicamos notícia veiculada pelo blog do Professor Marcelos Hermes (http://cienciabrasil.blogspot.com/):


Prezados,
Reproduzo abaixo, indignado, mensagem que há pouco recebi numa lista de discussão, escrita pela Profa. Enilde Faulstich, Chefe do LIP (Instituto de Letras, UnB).

Completa bem o clima de barbárie que vivemos na UnB: desrespeito às pessoas, ao seu trabalho e às instâncias institucionais internas e externas. Vide as seguidas violências perpetradas para impedir o funcionamento dos nossos órgãos colegiados, nos últimos tempos!

Não ouso afirmar que já chegamos ao fundo do poço. Falta assistirmos agressões físicas. Afinal, que diferença existe entre pessoas que fizeram isso com a Profa mencionada e as
pessoas que recentemente agrediram um morador na Asa Sul, porque teve a coragem de pedir silêncio num posto de gasolina?

Até quando? O que deve ser feito para que isto tenha um fim? Quem deve ser responsável pela condução de ações que levem a este fim?

Prof. Jairo Eduardo Borges-Andrade
http://lattes.cnpq.br/3622720842959126
PG Psic. Social, Trabalho e Organizações, UnB

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Prezados Professores,

Durante muito tempo, usei como lema o slogan "Orgulho de ser UnB". Hoje, duvido desse orgulho.

Acreditei que deveria retornar à sala de aula com o término da greve de docentes. Na segunda-feira, na terça-feira e na quarta-feira, ministrei minhas aulas; salas cheias; alunos interessados; conteúdo muito bom.
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Mas hoje, 13 de maio, fui assaltada na sala de aula no Pavilhão Anísio Teixeira com apitos, buzinas, gritos, invasão de sala de aula por senhores e senhoras com bandeiras do Sintfub.

Esclareço que, por sorte, já havia finalizado a aula, cujo tema era a representação simbólica da formação do Império Romano na formação das línguas românicas e a invasão dos bárbaros na antiga Europa. Discutimos muito o assunto, ilustrado por mapas, slides em datashow e livros da professora, com o fito de estimular os jovens da graduação a adquirirem conhecimentos linguístico, social e ético, desde séculos antes de Cristo até o momento atual.

Que ironia, eu havia falado de invasão... antes de Cristo! A sala estava repleta, pois são muitos os alunos. Quando dizia as últimas palavras - exatamente às 11:50 - tive o fim da aula interrompido pelo grande grupo que apitava na porta da sala. Não me intimidei, afinal a aula estava finalizada e faltavam algumas últimas notícias, além de passar a lista de chamada para ser assinada pelos alunos.

Sem querer saber o que se fazia naquela hora e naquela sala, os funcionários entraram na sala, pois eu inisistia em manter a porta encostada para recolher meu notebook, o datashow e proteger a fiação que fica no chão. Um grupo entrou na sala com irritantes apitos e buzinas e sequer procurou dialogar.

E o PIOR foi eu ser XINGADA por pessoas que, ou são contemporâneas a mim pelo tempo de serviço e pela idade, ou nem haviam nascido, quando eu já era professora da UnB. Pra onde foi meu ORGULHO? Fui tomada por enorme vergonha pelo xingamento.

Minha dúvida é até que ponto a greve de docentes acabou e até que ponto a greve de funcionários me impedem de ministrar aulas. Quero uma resposta, senão não entrarei mais em sala de aula até que se resolva a precária situação a que estamos expostos.

Como docente, respeitei a greve dos docentes. Como professora, retornei para a sala de aula porque os alunos estão lá, querendo aula. Como chefe do Departamento, não somente respeitei a greve dos docentes, como abri espaços para as discussões circunstanciadas, com direito à palavra de funcionários, de alunos e de professores. Como chefe de Departamento, respeito a greve dos funcionários e procuro conversar com os servidores do LIP sobre os encaminhamentos que estão sendo feitos pelo sindicato.

Agora, se sou PROFESSORA e estou em sala de aula, o que autoriza funcionários a entrarem em meu espaço e a me xingarem porque estou trabalhando? Quanta humilhação sofre hoje um professor DA e NA Universidade de Brasília!

Pra que um docente faz mestrado, doutorado, pós-doutorado, publica com Qualis, obedece às exigências da CAPES, orienta teses, é pontual em sala de aula, pensa que pode transformar o mundo ao ensinar seriamente conteúdos de suas disciplinas, relaciona-se com ética com a comunidade universitária, para em 5 minutos ser acaçapado por quem não deveria estar ali a humilhar um(a) professor(a)? Peço resposta da administração, quero segurança em sala de aula.

"Orgulho de ser UnB" deveria ser perene, mas como tudo na vida passa.

Neste momento, estou lutando para diminuir minha pressão arterial que tem oscilado e que me tem levado a controle de cardiologista.Cheguei à minha casa com pressão 18 X 10 e batida cardíaca 97 por minuto. Vale a pena isso, em nome de que URP?

E então, uma universidade que, na atualidade, me leva à precariedade da saúde, merece meu orgulho? Não! Bastou!

Quero uma resposta, pois me sinto expulsa do ambiente que eu julguei fazer parte da minha história.

Atenciosamente.
Profa. Enilde Faulstich
Chefe do LIP - IL
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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Chapa 1 ganha eleições da ADUnB.

PARABENIZAMOS A CHAPA VENCEDORA! Louvamos também a garra da Chapa 2, que teve tão expressiva votação e provocou verdadeiro debate nas eleições.

Retirado do Portal da UnB:

A Chapa 1 (Plural e Independente) venceu as eleições para dirigir a Associação dos Docentes da UnB (ADUnB) pelos próximos dois anos. O resultado, divulgado nesta quinta-feira, 20 de maio, foi apertado. O grupo vencedor recebeu 515 votos, enquanto a Chapa 2 (Participação e Luta) foi a escolha de 491 professores. Uma diferença de 24 votos, que representam 2% dos votantes. A nova diretoria assume em 23 de junho.

O presidente da chapa vencedora, Ebnézer Nogueira da Silva, destacou a necessidade de construir um projeto em conjunto com toda a categoria. “O resultado mostra que a UnB está dividida. Vamos manter o diálogo com a Chapa 2”, afirmou o professor do Departamento de Música. Vice-presidente da atual direção, Nogueira fez questão de parabenizar a chapa concorrente pela campanha honesta que promoveu.

Para a presidente do grupo Participação e Luta, professora Maria Auxiliadora César, o sentimento não é de derrota. “A votação foi acirrada. Essa divisão deve ser motivo de construção dentro da universidade”, declarou a socióloga aposentada. Auxiliadora ressalta ainda que a ADUnB não é formada apenas pela diretoria, mas por cada membro que compõe a associação. “É papel de todos atuar dentro do sindicato”, diz.

VOTO A VOTO – Na última terça e quarta-feira, 1.038 professores – 52% do total de associados - votaram em 16 pontos espalhados pelos quatro campi. A disputa, que contou 32 votos nulos e brancos, foi decidida na última urna. O clima na sede da ADUnB, onde estava sendo feita a contagem, era de apreensão de ambos os lados. Quando a penúltima urna foi apurada, a vantagem da Chapa 1 era de 14 votos.

A única urna com total de votos para uma mesma chapa foi a da Faculdade UnB Gama (FGA), com 23 votos para a Chapa 1. O vice-presidente do grupo, Adson Rocha, é coordenador da unidade. Os locais onde a Chapa 2 teve mais votos foram o Instituto de Artes (IdA), a Faculdade de Educação (FE) e a ala Norte do ICC, onde se encontram boa parte dos cursos de Humanas. Já o grupo vencedor se destacou nas urnas das faculdades de Tecnologia (FT), Saúde (FS) e da ala Sul do ICC.

O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) e o Diretório Central dos Estudantes (DCE) ainda não apresentaram posições oficiais sobre o resultado das eleições na ADUnB.

Veja abaixo quadro com o detalhamento da votação nas 16 urnas apuradas.

VOTAÇÃO ADUNB
Seção Votos Chapa 1
Votos Chapa 2
ADUnB 4840
IdA 18 37
FS/FM 39 30
HUB 16 7
ICC Sul
84 77
ICC Norte
89 118
BCE 5 4
FA 19 9
FT 72 25
FE 20 39
FEF 9 13
Ceilândia 6 33
Gama 23 -
Planaltina 4 25
IB 42 23
IQ 21 11
Total
515 491
Total de votos brancos e nulos: 32
Total de votos apurados: 1038

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Pelo fim da greve estudantil

Será que eles representam você?

Fonte: vídeo da UnB TV: "Adiada decisão sobre o calendário 2010".

Reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), em 13 de Maio, na qual seria votado o novo calendário acadêmico. A reunião foi suspensa em razão do tumulto provocado por supostos representantes dos estudantes da UnB.

Portões fechados.

Fonte: matéria do SECOM (site oficial da UnB): "Servidores atrapalham aulas".

Greve dos estudantes ou contra eles?

UnB pra quem? Os militantes ou os estudantes? 

Contra a greve estudantil!

Pelo fim da greve dos estudantes, compareça à Assembléia Estudantil. Terça-feira, 18 de Maio, no Ceubinho (ICC Norte), às 12h15. Participe!

domingo, 16 de maio de 2010

Nota de repúdio ao atentado contra a sede do DCE-UFRGS e de solidariedade a gestão da entidade e aos estudantes da UFRGS escrita por alunos da USP.

Na madrugada de hoje, 12 de maio de 2010, a sede central do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (DCE-UFRGS) foi vítima de um atentado criminoso de um grupo que buscou incendiar o edifício.

O grupo autodenominado “Comando de Caça aos Reacionários” (CCR), arremessou um coquetel incendiário no hall de entrada do edifício sede central do Diretório Central de Estudantes, localizada na Av. João Pessoa, nº 41 em Porto Alegre. O grupo também deixou cartazes no local clamando a autoria do atentado.

Esse ato, de motivação claramente política, contra uma entidade estudantil, a qual, após anos de marasmo e decadência sob a égide de partidos de esquerda radical passou a ser gerido por um grupo realmente compromissado com os interesses dos estudantes, desponta no horizonte universitário como mais um sorriso macabro dos setores mais autoritários da sociedade brasileira e da política universitária.

Tal atentado contra a democracia e a liberdade de expressão por pouco não tomou dimensões mais catastróficas. É o que poderia ter ocorrido caso o incêndio não se tivesse detido antes de chegar ao quadro de distribuição da fiação telefônica ou mesmo se espalhado pelo restante do prédio onde está localizado o DCE, o qual também abriga a Casa do Estudante - onde residem mais de 400 alunos - e ainda sedia um dos Restaurantes Universitários da UFRGS, o qual possui botijões de gás de porte industrial que poderiam ter causado explosões graves.

Infelizmente não é novidade no cenário universitário brasileiro a adoção desse tipo de método violento e antidemocrático por parte dos setores mais radicais e obscuros da política universitária contra quaisquer indivíduos ou pessoas que manifestem oposição aos seus ideais autoritários. Houve no decorrer do ano de 2009 múltiplas ameaças de agressão e morte a estudantes da Universidade de São Paulo que se opunham aos métodos vigentes e políticas defendidas pelos grupos hegemônicos no movimento estudantil. Houve inclusive três casos de agressão física contra estudantes da USP e um linchamento.

Dessa forma, nós, membros do Movimento Estudantil Liberdade da Universidade de São Paulo (Liberdade - USP) e Representantes Discentes eleitos para os Conselhos Centrais participantes do movimento, manifestamos por meio dessa nota o nosso repúdio total ao grupo responsável por esse mórbido atentado e oferecemos nossa completa solidariedade e nosso irrestrito apoio em quaisquer formas que sejam solicitadas pela gestão DCE Livre da UFRGS.

Esperamos também por parte da Polícia Federal e da Polícia Civil do Rio Grande do Sul uma investigação minuciosa dos acontecimentos e a punição devida aos criminosos responsáveis por esse atentado.

Também ressaltamos que atos condenáveis como esse não conseguirão de maneira alguma deter o inevitável desentulhamento ideológico das universidades brasileiras e o processo de democratização e de restauração da representação efetiva dos estudantes pelas suas entidades.

Movimento Estudantil Liberdade da Universidade de São Paulo (Liberdade - USP)
São Paulo, 12 de maio de 2010.

Assinam solidariamente:
-Diretório Central dos Estudantes da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (DCE PUCPR) - Gestão Equilíbrio 2009/2010.
-Aliança pela Liberdade da Universidade de Brasília (Liberdade UNB).

sábado, 15 de maio de 2010

Notícia do DCE da UFRGS

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TERRORISMO CONTRA O DCE DA UFRGS

sexta-feira, 14/05/10

O Diretório Central dos Estudantes da UFRGS foi vítima de ato criminoso, quando na madrugada desta quarta-feira seu hall de entrada foi incendiado. A ação, assumida por um grupo intitulado ‘Comando de Caça aos Reacionários’, demonstra o desprezo de determinados grupos radicais pela livre escolha dos estudantes da Universidade, pelo patrimônio público e Estado Democrático de Direito.

O crime acontece no momento em que o DCE está se repaginando, passando por reformas para melhor receber e atender aqueles que são o motivo de sua existência: os universitários. Na condição de diretor de Relações Institucionais da entidade, estive pessoalmente empenhado, juntamente com outros membros da gestão, na arrecadação de recursos financeiros junto à iniciativa privada para a realização das obras de reforma na sede que nos foi entregue destruída. Tais obras estão em andamento, mas com esta ação terrorista acabaram sofrendo severo revés.

Esta ação tem o evidente caráter de ter sido cometida por quem desrespeita a democracia, a pluralidade e as leis de forma geral. Além do vandalismo, o que está em discussão é algo maior: a liberdade de pensamento dentro da Universidade.

Mais do que isso, criminosos que cometeram este delito devem ser tratados como tais e merecem repúdio incondicional da sociedade. O claro dano ao patrimônio público já está sendo investigado pela Polícia Federal, que tem jurisdição nas ações dentro da UFRGS, e uma vez identificados os responsáveis, esperamos a respectiva e dura punição.

A proposta, porém, de devolver o DCE da UFRGS para os estudantes continuará, mais do que nunca, sendo posta em prática, procurando oferecer aos alunos um lugar agradável e recuperado. Um espaço onde possam ser bem recebidos, um ambiente em que suas reivindicações sejam atendidas, independentemente de preferências políticas ou ideológicas.

Somos adeptos da democracia, da liberdade pensamento e de iniciativa. Em nossa visão de mundo os adversários são vencidos pela discussão e persuasão; não pela força, armas ou terror.

Veja o vídeo sobre o ocorrido

Veja notícia da ZH sobre o caso

Blog da Liberdade