terça-feira, 29 de novembro de 2011

A primeira estação do caminho de mudanças: o novo site do DCE

*Por André Maia

Há praticamente um mês a Gestão Aliança pela Liberdade assumiu o DCE/UnB. Inúmeras reuniões têm sido realizadas, projetos elaborados e tocados. De diferentes formas as/os estudantes da UnB têm percebido a evolução qualitativa de sua representação. Contudo, se há algo radicalmente perceptível, é a mudança no site do DCE/UnB. O novo site é a cara da nova gestão: modernidade, eficiência, pluralismo, transparência, clareza e trabalho. Especialmente, muito trabalho.

Modernidade: o site atual é incomparavelmente melhor em relação ao site anterior. Mantido há anos como uma carroça, um objeto de museu, o antigo site tinha aparência e funcionalidade piores do que qualquer blog de amador (como este próprio que você lê agora). O site novo é uma ferramenta bonita e convidativa, que interage com o visitante, sendo a cara de uma universidade de empreendedorismo e inovação. Ele está completamente integrado às ferramentas sociais (Facebook, Twitter e Google+) da chamada web 2.0 e se baseia amplamente em conteúdo gerado pelos próprios usuários - no caso, os estudantes.

Eficiência: o novo site dispõem informações de maneira organizada e útil. A página virtual atinge sua finalidade ao trazer informações de qualidade e interesse das/dos estudantes. A aluna de nossa univesidade sabe que encontrará informações atualizadas e úteis na página de seu diretório. O aluno da UnB sabe que ao entrar na página do DCE não encontrará apenas informações de assuntos externos ao seu cotidiano universitário.

Pluralismo: em sua seção de eventos e grupos, a página do DCE demonstra ser, de fato, de todas e todos os estudantes. O site apenas começou e já percebmos uma participação crescentes de pessoas querendo divulgar seus eventos estudantis, sendo eles dos mais diversos temas e interesses. Assim se organiza o site de uma gestão que pretende representar e não dirigir seus pares.

Transparência: ao contrário de gestões anteriores, a atual Gestão fala e faz! Nas gestões anteriores, era um suplício o simples cumprimento do Estatuto do próprio DCE. Infelizmente as contas raramente eram disponibilizadas no site. Contas de DINHEIRO PÚBLICO. A Gestão atual, por crer que o que é público é de todos, acredita que TODOS devem ter acesso simplificado e periódico às contas da gestão. Existe forma mais eficaz do que nosso site para fazê-lo?

Clareza: o site anterior, além de ser praticamente inútil, era também confuso. As informações estavam dispostas de modo desorganizado, além de ter conteúdo duvidoso, visto que os mais diversos assuntos misturavam-se sem muita explicação. O site atual permite que o visitante encontre de modo claro e rápido as informações que foi buscar.

Trabalho: não, não acredito que tenha sido fácil criar um site eficiente e moderno. Alimentá-lo permanentemente deve ser ainda mais trabalhoso, tanto por razões de forma quanto de conteúdo. Ele é o resultado evidente de quem tem compromisso com sua universidade e emprega seu tempo e esforços em benefício da coisa pública. Esses são os fatos a respeito de um grupo que foi acusado de ser egoísta, apolítico e desmobilizado. Contra a mentira e os falsos discursos a nova Gestão apresenta fatos, trabalho, esforço.

O site do novo DCE é um site de verdade, de uma Gestão de verdade, que representa estudantes de verdade. Convido o leitor a comparar a versão antiga e a nova e chegar às suas próprias conclusões.

*André Maia é bacharel em Relações Internacionais e estudante de Direito pela Universidade de Brasília. É membro fundador e Presidente de Honra da Aliança pela Liberdade.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Junto à Estátua - Luís da Gama

Aliança pela Liberdade é grupo essencialmente preocupado com política, um grupo que busca melhorar a vida das pessoas. Mas se o objetivo de nossa política é a melhora da vida - e vida sem arte não vale a pena! - devemos também nos render, sempre que possível, aos encantos da poesia.

Por isso, uma homenagem à Semana da Consciência Negra vem na forma desse poema de Luís da Gama, nas Primeiras Provas Burlescas de Getulino (c. 1870). Ele: poeta, advogado e político brasileiro de pele negra, amigo de Rui Barbosa e Joaquim Nabuco, que 100 anos antes adiantava-se ao "Preconceito" de João Gilberto e declarava o amor como a primeira forma de rebeldia contra todos os tipos de preconceito.




JUNTO À ESTÁTUA
(No Jardim Botânico de São Paulo)

Em plácida manhã serena e pura,
Sentado à borda de espaçoso lago;
O corpo recostado em frio marmor,
Tórridos membros sobre a terra quedos,
Qual túmido Tritão de amor vencido,
Transpondo as serras, iracundos mares,
D’Aurora o berço perscrutando ousado,
Dolorosos suspiros exalava
Meu frágil peito da natura escravo.

Já nas fúlgidas portas do Oriente
Trajando púrpura majestoso assoma
Luzeiro ardente, que expandindo os raios,
Deslumbra os olhos, e a razão sucumbe;
E, com furtiva luz, pálidas fogem
Notívagas esferas cintilantes.
As brandas auras perfumadas vinham
De grato aroma que invejara Meca,
Nos tortos ramos assoprar de manso.

Em nuvens brancas lá do céu caía
Pranto saudoso que derrama a Aurora,
Que a terra orvalha, que floreia os prados.
Volátil bando de ligeiras aves,
Brandindo as asas pelo ar brincavam,
Modulando canções, ternas endechas

Longe do mundo, das escravas turbas,
Que o ouro compra de avarentos, Cresos
A minh’alma aos delírios se entregava,
A sombra de ilusões – de aéreos sonhos.

Formosa virgem de nevado colo,
De garços olhos, de cabelos louros;
Sanguíneos lábios, elegante porte,
Mimoso rosto de Ericina bela,
Curvando o seio de alabastro fino,
Mimosa imprime nos meus lábios negros
Gostoso beijo de volúpia ardente! –
Vencido de prazer, nadando em gozos,
Já temeroso pé movendo incerto,
Vôo com ela às regiões etéreas
Nas tênues asas de ternura infinda.

Rasgando o véu das ilusões mentidas,
Que est’alma frágil seduzir puderam,
Imóvel terra, cambiantes flores,
Viram meus olhos no romper da Aurora;
E dentre os braços, que cerrados tinha,
Gelada estátua de grosseiro mármore!...

***

Cândidas boninas,
E purpúreas rosas,
Violetas roxas
Do luar saudosas!

Verdejantes murtas,
Redolentes cravos,
Lindas papoulas
Da donzela escravos,

Ao soprar da brisa,
Em balanço undoso,
O mortal encantam
Num sonhar gostoso.

Mas fugindo as nuvens
– Que a ilusão fulgura,
Só vagueia à sombra
Da infernal ventura.

domingo, 20 de novembro de 2011

Semana da Consciência Negra

"Sem a emancipação dos atuais cativos nunca o Brasil firmará sua independência nacional e segurará e defenderá a sua liberal constituição. Sem liberdade individual não pode haver civilização, nem sólida riqueza; não pode haver moralidade e justiça, e sem estas filhas do céu, não há nem pode haver brio, força e poder entre as nações". Joaquim Nabuco, "O Abolicionista, 1863.

O movimento abolicionista brasileiro foi uma luta pela liberdade individual. Era uma luta que não exacerbava nossas diferenças, mas simplesmente aceitava-nas como ricas molas propulsoras de nosso futuro comum, enfatizando a necessidade de igualdade em dignidade em direitos de todos os brasileiros. Era, portanto, uma luta pela liberação do indivíduo para definir sua própria identidade e seu próprio destino.

A transformação essencial, nesse aspecto, é libertária. Anteriormente, quando do império da raciologia, existia uma segregação exógena, em que indivíduos eram segregados conforme suas características fenótipas sem qualquer pró-atividade das próprias pessoas na definição de seus rótulos. Sob a nova lógica impulsionada no Brasil do século XIX, a definição é identitária é endógena, o que implica expressão livre da própria identidade, traçando cada um, assim, seu próprio destino.

Nesta semana, celebramos o aniversário da morte de Zumbi dos Palmares - um dos Herois que tem seu nome gravado no Livro de Aço do Panteão da Pátria e da Liberdade - sob este espírito. A liberdade identitária abre as fronteiras para a apropriação da herança produzida pelos negros brasileiros por todos nós. A liberdade identitária transforma o espírito do segregacionismo exógeno em colaboração, respeito e tolerância. Como dizia Martin Luther King: "devemos aprender a viver juntos em fraternidade ou pereceremos, todos, como tolos". Com isso, esperamos que todos percebam que a história dos negros é a história do Brasil é uma história de luta pela liberdade. E é uma história de todos os brasileiros.

Visite o site do DCE Honestino Guimarães para saber mais: www.dceunb.org.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

A Universidade e a Segurança da Comunidade Acadêmica


Reproduzimos, abaixo, nota do DCE Honestino Guimarães, Gestão Aliança pela Liberdade, sobre a Universidade e a Segurança da comunidade acadêmica.

Nós, da atual Gestão do DCE Honestino Guimarães, já afirmamos nossos princípios e nunca os negaremos. Sempre defenderemos a democracia, o estado de direito, a liberdade de expressão e todas as formas de liberdade. Qualquer uso de violência ou abuso de autoridade deve ser punido. Em um litígio, os abusos que quaisquer das partes ser devidamente averiguados e, caso verificado indício substantivo, as medidas judiciais cabíveis devem ser tomadas.

Antes de tudo, entendemos que seja injusto que a Universidade não possa conviver com as mesmas instituições de segurança do Estado Democrático de Direito que são utilizadas pela sociedade que a sustenta. Se a polícia atua na sociedade, e a Universidade faz parte da sociedade, por que seria temeroso que a mesma instituição atue no campus? Como sustentar a ideia de que a presença da polícia é ilegítima na Universidade, mas não no resto do DF? Como sustentar uma postura segregacionista e elitista que desequilibra a ideia de que todos somos iguais perante a lei ao separar a Universidade da sociedade?

Ressoamos as palavras de Anísio Teixeira, idealizador da UnB: "Democracia, essencialmente, é o modo de vida social em que cada indivíduo conta como pessoa". Acreditamos, portanto, que uma Universidade que não tem muros nem catracas - e não deve criá-los! - não pode separar-se da sociedade e tornar-se uma ilha com direitos desiguais em relação aos dos demais cidadãos.

Por esta razão, os incidentes recentes ocorridos na USP não mudam nossa opinião a respeito da polícia participar do sistema de segurança universitário de forma responsável, deixando-se claro que sustentamos que todo e qualquer abuso de autoridade deve ser punido. Defendemos um policiamento sério, treinado, racional e eficiente que garanta a segurança pública, combata a violência nas universidades e em todos os espaços da cidade. Os dados mostram que a violência na USP diminui fortemente após o começo do policiamento e é isto que queremos para a UnB: diminuição da violência.

Evidentemente, o sistema policial de que dispomos está longe de ser perfeito. Como já dissemos, e diremos quantas vezes necessário for, abusos são inadmissíveis e devem ser punidos! Entretanto, se o policiamento, mesmo não sendo perfeito, é um meio que dispomos para diminuir a violência na UnB, é por isso que lutaremos. O que não pode acontecer é permitirmos furtos, roubos, estupros e demais atentados à vida, ao patrimônio e à liberdade de estudantes, professores, funcionários e visitantes da UnB pelo silêncio negligente e por nossa mera passividade.

Entendemos as particularidades de atuação para cada missão específica dos órgãos de segurança. Por isso, devemos buscar a criação de um Batalhão Universitário - algo similar ao existente Batalhão Escolar - que tenha um treinamento específico e particularidades - como, por exemplo, a atuação exclusiva nas áreas externas da UnB, o uso de armas leves e o estímulo para maior integração com a comunidade universitária. De tal sorte, torna-se imperativa a necessidade de avançar no sentido da construção de um Plano Comunitário de Segurança que envolva iluminação, rotas seguras de saída, treinamento regular dos seguranças e um convênio com a polícia militar nos termos citados acima. Precisamos de uma abordagem completa.

Reconhecemos que a polícia por si só não resolve todos os problemas de segurança. Contudo, tomar uma postura que segrega a Universidade da sociedade que a sustenta tampouco ajuda a resolvê-los. Desta forma, defendemos uma abordagem ampla e integrada da situação securitária na Universidade de Brasília. Lutamos por uma abordagem que rechace todos os abusos de autoridade e sustente as instituições básicas do Estado Democrático de Direito: a defesa dos direitos humanos, a igualdade de todos perante a lei, a polícia e a Justiça, e a garantia da liberdade.

DIRETÓRIO CENTRAL DOS ESTUDANTES HONESTINO GUIMARÃES
Gestão Aliança pela Liberdade 2011/2012
Twitter: @dceunb

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Nota de Apoio ao Liberdade USP


Ressalva importante: Esta nota não se refere ao posicionamento do DCE Honestino Guimarães, mas ao posicionamento da Aliança pela Liberdade, que inclui diversos alunos e ex-alunos da Universidade de Brasília que não fazem parte da gestão do Diretório. 

A Aliança pela Liberdade, enquanto movimento político e acadêmico, manifesta sua concordância com os objetivos de construção de uma Universidade Livre que foram, até este momento, expressos pelo movimento Liberdade USP - hoje representado na chapa Reação USP. O movimento estudantil brasileiro passa por uma intensa crise de representação. Os velhos métodos decisórios por assembleias pouco representativas não conseguem ser caixa de ressonância a reverberar toda a pluralidade existente em nossas universidades.

Em termos práticos, em uma Universidade de 75.000 estudantes, se um quarto desses se inscrevessem para falar por dois minutos em assembleia geral, a assembleia teria duração de 26 dias ininterruptos. Este é um modelo que, por sua própria natureza, não é representativo. Por isso, neste modelo somente grupos radicalizados conseguem se fazer ouvir - pois mesmo em momentos de crise aguda a participação nas assembleias gerais não chega a 5%. De tal sorte, os estudantes não conseguem se enxergar nas decisões, bandeiras ou tampouco nos métodos políticos dos movimentos radicais instalados há décadas no poder. O pior dos mundos é aquele em que somente os autoritários - sejam eles de direita ou de esquerda - têm voz.

Diante desse cenário, ainda mais agudo na USP nas últimas semanas, entendemos que o Liberdade USP é um movimento que aponta para um movimento estudantil moderno, plural, democrático e libertário. Embora não seja isento de influências partidárias, o Liberdade USP parece tomar as devidas precauções para que filiados não utilizem o ME como trampolim político ou como tentáculo universitário de partidos. Temos esperança de que o Liberdade USP não se furte a endurecer seu posicionamento, se assim necessário for, contra eventuais carreiristas que tentem usar do espírito libertário do grupo para reproduzir o velho modelo de aparelhamento do movimento estudantil por partidos políticos - ainda que com bandeiras de outra cor.

Na atual polêmica envolvendo o convênio da PM com a USP, o Liberdade USP foi o único movimento a defender um plebiscito para que a comunidade acadêmica se posicionasse sobre o assunto. Em contraste, os demais movimentos utilizaram as velhas e esvaziadas assembléias estudantis para declarar a greve geral, que não encontrou adesão encontrou da parte de alunos que não se sentem sequer motivados a participar de assembleias esvaziadas e pouco representativas - como se viu na reação de estudantes Faculdade de Letras que clamavam por aulas e nas declarações unilaterais de normalidade por diversos centros acadêmicos.

O rechaço à opção pelo plebiscito torna evidente tanto a ineficiência das velhas instituições quanto o pouco compromisso dos grupos radicais com a opinião dos alunos. Mais chocante ainda é a tentativa de impor uma decisão por meio de piquetes, em claro atentado à liberdade dos estudantes e em evidente violação ao direito humano fundamental de decidir seu próprio destino sem ser coagido. Aqueles que não querem ouvir os estudantes em plebiscito parecem viver sob o espírito paternalista que assume que os indivíduos não seriam capazes de escolher o que acham melhor para si. Mas qualquer noção de democracia que exclui as bases e o direito à divergência não passa de autoritarismo totalizante.

Os alunos da USP não são apenas os estudantes profissionais que vivem diuturnamente da política e para a política, mas são majoritariamente aqueles que chegam a universidade para estudar, refletir, debater, contestar e criticar as ideias pré-formatadas; para se dedicar ao estudo, à pesquisa e à extensão; para melhorar a si próprio e assim ajudar a melhorar a sociedade. Na Aliança pela Liberdade, somos estudantes que acreditam na supremacia de direitos e liberdades individuais, na defesa das minorias, no respeito aos direitos humanos, no Estado de Direito, na igualdade de todos perante à lei e no direito inalienável que cada indivíduo tem de escolher seu próprio destino.

Enquanto o Liberdade USP se mantiver em comunhão conosco em nossos princípios, seus integrantes contarão com nosso apoio e nossa solidariedade, pois entendemos que estes são princípios que propõem a aproximação da política estudantil a todos os estudantes, reconhecendo a vocação de pluralidade das universidades e compreendendo que os órgãos de representação estudantil devem se propor a servir os estudantes, não a dirigi-los.

ALIANÇA PELA LIBERDADE
Twitter: @liberdadeunb

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pelo fim das polarizações apaixonadas: um chamado à comunidade acadêmica

*Por Aliança pela Liberdade

Desde que a Gestão Aliança pela Liberdade tomou posse acusações ferozes e infundadas circulam nas redes sociais. Mesmo depois de todos os membros da gestão apresentarem, por iniciativa própria, declarações de não-filiação partidária ao Conselho de Entidades de Base, alguns insistem em imputar-nos o estigma de que teríamos faltado com a verdade durante as eleições. Por meio desta nota, o DCE reafirma o fato comprovado pelas declarações do Tribunal Superior Eleitoral já publicizadas: não há membros filiados na gestão do DCE - sendo fato vencido e público, qualquer tergiversação sobre esse assunto indica má fé ou ignorância. Outrossim, não haverá mais qualquer declaração institucional sobre esta matéria, que passará a ser tratada diretamente pela Assessoria Jurídica do Diretório.

Para além disso, fazemos um chamado à comunidade acadêmica para cooperar conosco no trabalho que já começou - seja atuando como colaborador do DCE nas diversas comissões de atuação, seja fazendo uma oposição vigilante, responsável e de boa fé. Colaboradores são alunos da UnB que decidem ajudar o DCE contribuindo de forma esporádica ou permanente nas atividades do Diretório, mesmo sem fazer parte da gestão. Eles são peças essenciais, pois o trabalho de construir uma UnB livre, eficiente e progressista não é pequeno.

O trabalho já começou e é intenso. Diversas reuniões realizadas com a Reitoria, a OAB/DF, a Secretaria de Segurança Pública do GDF e representantes de Universidades Estrangeiras, dentre outros, têm firmado as diretrizes para que alcancemos aquelas bandeiras que foram escolhidas pelos estudantes da UnB para ser a agenda de ação do DCE: maior segurança no campus, mais recursos em financiamento para pesquisas, mais convênios para intercâmbio, empoderamento dos estudantes por meio dos CAs, assistência estudantil, RU em todos os campi e uma reforma institucional no DCE.

Há muito espaço para colaboração entre os diversos grupos da Universidade de Brasília e esperamos cumprir a missão que acreditamos ser correta, qual seja: a de que o DCE deve servir aos estudantes - e não conduzi-los. Entendemos que mesmo as eventuais discordâncias não devem implicar em irracionais polarizações apaixonadas ou em um espírito fratricida que não colabora em nada com a melhoria da Universidade de Brasília. Por isso, chamamos todos os estudantes ao diálogo e chamamos aqueles que se sentirem motivados a contribuir com uma UnB mais livre ao trabalho.

Se você quer fazer da UnB mais livre, entre em contato com o DCE.

Twitter: @dceunb

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma mensagem às mulheres livres


Rose W. Lane, pioneira da liberdade e
da luta contra todos os preconceitos
*Por Carlos Góes
Este texto foi motivado pela seguinte situação, ocorrida durante a cerimônia de posse da Gestão Aliança pela Liberdade para o DCE Honestino Guimarães: "Uma representante do Centro Acadêmico de Sociologia (CASO) disse não se sentir representada por uma mesa composta apenas por homens e pediu para conhecer as mulheres da Aliança. Quando Mariana Sinício, nova coordenadora geral do DCE iniciou as apresentações, veio um grito da platéia: 'submissa'. Mariana interrompeu as vais e pediu respeito: 'Se eu disse que sou coordenadora geral não tem ninguém acima de mim, logo não sou submissa. Vocês pediram para nos apresentarmos, então nos deixe falar'." (para mais, ver Campus Online). Anteriormente, a coordenadora-geral Mariana Sinício tinha declarado: "Nós não nos sentimos excluídas. Na Aliança não existe separação por gênero".

A declaração de que não existe uma diferenciação entre homens e mulheres na Aliança pela Liberdade é perfeita. É exatamente nisso que um pano de fundo de liberdade individual implica. A sociedade ideal em que acredito não é aquela que dá tanto enfoque às diferenças a ponto de exacerbá-las. É um ideal exatamente contrário a isso: é uma sociedade que dê tão pouca importância às diferenças a ponto que elas, embora múltiplas, se tornem banais.

Quando chegarmos à banalização das diferenças, seremos tão diferentes que seremos todos iguais (em dignidade e direitos). Seremos todos igualmente indivíduos, mas sem qualquer tentativa autoritária de uniformização das nossas particularidades. Pois são essas desigualdades múltiplas, essas particularidades diversas, que criam a necessidade de vida em sociedade. É nossa pluralidade que torna a vida tão bela - que torna a liberdade tão necessária.

Para além disso, parabéns pela coragem de terem aceito essa missão em nossa Aliança. Aqui, sabemos que mulheres são competentes, inteligentes e eficientes - e que a única coisa que vocês precisam para conseguir destaque e prosperar é que não haja barreiras de entrada. Aqui, essas barreiras não existem - não fazemos divisão de gênero. Aqui, para parafrasear Martin Luther King, as pessoas são julgadas pelo conteúdo do seu caráter - e não por seu gênero. Não é nada inesperado, portanto, que em um ambiente livre as mulheres se destaquem - e tomem papel de liderança. Vocês são exemplos claros de que política, debate e liderança é sim lugar de mulher - é lugar de mulheres inteligentes e competentes como vocês.

As críticas já começaram a chegar. De forma interessante, a crítica ao sucesso de vocês vem mais de mulheres que de homens. São mulheres que, ao contrário de vocês, têm espírito autoritário e querem-lhes negar sua própria liberdade. Acham que detêm o monopólio da feminilidade - e que as mulheres que não militam do modo que elas acham correto não são "mulheres de verdade", mas somente machos cujos sexos lhes foram arrancados.

Esse espírito totalizante, que quer resumir toda a bela complexidade de todas as mulheres em um tipo ideal, é ignorante. Mulheres são indivíduos completos compostos por diversas identidades: nacional, sexual, ideológica, religiosa, étnica, de gênero, entre outras inúmeras. A identidade individual reside na justaposição dessa miríade de diversas identidades coletivas. Por isso, esse espírito totalizante é ignorante, pois não percebe que as mulheres são tão diferentes entre si quanto em comparação com homens.

Gênero é apenas uma das facetas das mulheres - não sua totalidade. Em última instância, cada mulher (e cada homem) é um universo em si mesma. Universos diversos, plurais, únicos! As diferenças são tão grandes que são... banais! Por isso, louvo o trabalho de vocês não porque vocês são mulheres, mas porque vocês são competentes, inteligentes, eficientes e inspiradoras. Não fazemos separação de gênero porque aqueles que realmente são isentos de preconceito tomam gênero como uma variável irrelevante - o que importa é tão somente o conteúdo do caráter.

Por fim, uma mensagem de ânimo: não se deixem abater. Vocês são mulheres livres. E mulheres livres são aquelas que escolhem seus próprios destinos. Mulheres livres são aquelas que se levantam para defender aquilo que julgam correto - ainda que sob crítica, ainda que tenham de se levantar sozinhas. Vocês não precisam de anuência ou de bênção de ninguém - somente daqueles que vocês livremente escolherem como confidentes e conselheiros.

No fundo, de fato, uma mulher precisa de um homem (ou de outra mulher) tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta. Verdadeiramente, a única coisa que uma mulher precisa é de liberdade. Sendo livre, pode ser plena.

*Carlos Góes é membro fundador da Aliança pela Liberdade, bacharel em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Economia Internacional pela Johns Hopkins University.

O conteúdo deste texto é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião da Aliança pela Liberdade.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prêmio Nobel 2011 - Economia


Convidamos a todas e todos que visitam este espaço para a apresentação de conjuntura do PET-ECONOMIA da UnB

TEMA: QUAIS FORAM AS CONTRIBUIÇÕES DE SARGENT E SIMS?

QUANDO e ONDE: Sexta-feira, dia 04/11 às 12h, na Sala da Chefia (Dep. Economia, ICC Norte, segundo piso).

APRESENTADORES: Alexandre Sollaci e Nicolas Powidayko

SITE: http://petecounb.wordpress.com/

terça-feira, 1 de novembro de 2011

QUANDO A CORAGEM VENCEU O MEDO - DISCURSO DE POSSE



Estimados membros da gestão cessante e das demais chapas,
Colegas da Universidade de Brasília,
Amigas e amigos presentes,
Boa tarde,

"Todas as coisas brilhantes e virtuosas derivam do trabalho de indivíduos que puderam criar em liberdade". Einstein

É, para nós, uma honra ter recebido um voto de confiança das e dos estudantes da Universidade de Brasília - que escolheram o projeto de uma UnB Livre como diretriz norteadora. Agradecemos a lisura do processo eleitoral, em especial à Comissão Eleitoral, nas pessoas do Fernando, Gustavo Cuia, Heitor, Lázaro, Leandro, Micha e Tatiane.

Somos mais do que rótulos, somos princípios. Queremos fazer uma UnB mais livre, lutaremos até o fim por isso.

Ao assumirmos o Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães, assumimos a responsabilidade de honrar seu nome. Honestino foi um estudante que, assim como nós, se indignou com os absurdos ao seu redor. Sob o manto repressor da ditadura militar, Honestino lutou e morreu por princípios maiores: por democracia, por igualdade de direitos, por li-ber-dade.

Enganaram-se aqueles que, com base em estereótipos, preconceito e ignorância, achavam que esse DCE passaria a se chamar DCE Luís Inácio Lula da Silva - ou DCE Fernando Henrique Cardoso. Aqui assumimos publicamente o compromisso de que o Diretório que carrega o nome Honestino Guimarães não esquecerá seu dever histórico: a luta por liberdade.

Nossa primeira responsabilidade é com aqueles que dependem de assistência estudantil para poder continuar seus estudos. Bolsa permanência, moradia estudantil e alimentação dos estudantes Grupo 1 e 2, inclusive por meio de RU em todos os campi, é um dever da Universidade. Mais de uma vez falamos que o mérito é um de nossos princípios. Portanto, nada mais justo que a Universidade recompense aqueles alunos que, sabemos, pelos diferentes pontos de partida, enfrentaram maiores dificuldades para conquistar o limitado acesso à Universidade pública. Essas lutas também são nossas.

Além disso, precisamos nos preocupar com o cotidiano universitário para permitir que a UnB cumpra sua missão, qual seja: “produzir, integrar e divulgar conhecimento, formando cidadãos comprometidos com a ética, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável.” Um espírito de conservadorismo espúrio tem afastado a Universidade de sua missão. Somente com o rompimento de preconceitos ideológicos poderemos: aumentar os recursos para pesquisa e inovação; apoiar o aprendizado prático, a responsabilidade sócio-ambiental e o empreendedorismo através de empresas juniores e projetos de extensão; garantir a segurança e integridade física dos estudantes, professores e funcionários; e assegurar os devidos investimentos em infra-estrutura que combinem uma expansão universitária que não atropele o objetivo de excelência acadêmica.

Sabemos que a UnB tem uma vocação de pluralidade. O DCE representa os estudantes. Contudo, seria petulante e autoritário achar que as iniciativas estudantis se resumem àquilo que determina o DCE. Entendemos que o DCE deve apoiar as iniciativas estudantis. O DCE deve servir aos estudantes - e não dirigi-los.

Por este motivo, temos a plena convicção de que os diversos grupos, coletivos e indivíduos que compõem a comunidade acadêmica continuarão a levantar causas importantes em todas as esferas da realidade. Serão causas múltiplas, diversas, contraditórias. É da pluralidade, das diferenças, do debate que deriva a beleza da liberdade.

Alguns alegam que os 1280 votos que nos elegeram não seriam suficientes para garantir a representatividade da gestão. Concordamos que isso seja um problema. Mas, problema maior é o fato de que dos cerca de 33 mil estudantes da UnB, 27 mil escolheram não votar. Há, de fato, uma crise de representatividade no DCE. Mas essa crise de representatividade é do sistema representativo. Esse é nosso diagnóstico - e é por isso que apresentamos uma proposta de DCE parlamentarista: para que os que não se sentem representados tenham voz. Entregaremos nossos cargos no momento em que o Parlamentarismo for aprovado, pois nosso projeto nunca foi um projeto de poder, nosso projeto é um projeto de potência.

Assim, assumimos outro compromisso em nome da nova gestão do Diretório Central dos Estudantes. Não fecharemos a gestão a outros grupos. Nenhum sistema representativo é perfeito, mas os resultados serão muito melhores com respeito mútuo, diálogo, trabalho conjunto e tolerância.

Mesmo dentro dessa enorme pluralidade, há interesses comuns a todos os discentes da UnB. Todos querem que essa Universidade atinja plenamente o seu potencial. É uma questão inclusive de respeito à sociedade que a financia com tanta dificuldade. Mais de um bilhão de reais são investidos na UnB à cada ano. O mínimo que podemos fazer é nos esforçarmos para que ela esteja entre as melhores do mundo! Tão evidente quanto o potencial da UnB é que ele não se concretiza só com ideias. Delas precisa surgir uma postura de irresignação, de união, de trabalho conjunto de onde surgirá a transformação da UnB, do Distrito Federal e do Brasil.

Como afirmamos no começo, a nossa essência são os nossos princípios. Mas, se nossa essência são nossos princípios, nosso corpo é nosso trabalho. Que nos tomem por nossas ações e assim entendam nossos princípios, não o contrário.

O trabalho já começou e quem quiser ajudar é muito bem vindo, há muito a ser feito. Vai ser difícil, nós sabemos, mas vai compensar. A UnB tem tudo para estar no topo. Essa gestão trabalhará porque cada um de nós acredita nisso! Mesmo que alguns tentem impedir esse trabalho, continuaremos lutando. Em respeito aos nossos eleitores, em respeito a todos os alunos e alunas, à comunidade acadêmica e à sociedade brasileira. Continuaremos lutando por uma UnB livre, inclusiva, plural e de excelência.

''A posteridade poderá saber que não deixamos, pelo silêncio negligente, que as coisas se passassem como num sonho'' (Richard Hooker)

Viva a UnB e viva a liberdade! Obrigado!

Davi Brito,
Presidente da Aliança pela Liberdade.

Posse da Aliança pela Liberdade!

Blog da Liberdade