Na reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) de quinta-feira passada (26/5), os professores e estudantes que compõem o conselho discutiram, dentre outros temas, a minuta para consulta pública que estabelece as diretrizes de convivência da comunidade universitária.
O documento, que ainda será avaliado pelo CONSUNI, estabelece regulamentações que permitam "assegurar as condições necessárias para o desenvolvimento das diversas atividades da Comunidade Universitária". Por exemplo, define-se de forma clara qual o tipo de trote que é considerado passível de sanções.
Porém, alguns problemas foram verificados no mesmo, que envolvem desde correção de linguagem até questões ligadas ao conteúdo. Os conselheiros discentes Davi Brito e Kaio Felipe, membros da Aliança pela Liberdade, perceberam que o documento proibia eventos de médio porte (categoria na qual se incluem os happy hours) de serem divulgados:
"IV) eventos de médio porte são definidos pelas seguintes condições:
a) são voltados à comunidade universitária, sendo vedado publicidade em meios de comunicação de qualquer tipo e venda de ingressos; (...)"
Se tal regra fosse ser levada à risca, os CAs que realizam happy hours estariam proibidos de utilizar cartazes e até a internet (p.ex., redes sociais como o Twitter) para fazer propaganda. Além disso, não há por que impedir os HHs de serem publicizados em rádios ou outros meios de comunicação de massa. Diante disso, o conselheiro Kaio Felipe sugeriu a seguinte alteração:
"a) são voltados à comunidade universitária, sendo vedada a venda de ingressos; (...)"
Os demais conselheiros - inclusive os representantes do DCE - não viram nenhum problema na alteração, e a apoiaram.
Imaginem se esse parágrafo passa batido? As festas de médio porte que os Centros Acadêmicos promovem (que, além da confraternização, ajudam os CAs a financiarem a realização de outras atividades) que se utilizassem de qualquer mídia (inclusive virtual) estariam na ilegalidade!
A Aliança pela Liberdade, mais uma vez, procurou defender os direitos dos estudantes diante dos absurdos que a burocracia universitária pode produzir!
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