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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Aliança pela Liberdade é 100% nos Conselhos Superiores da UnB


Podem até mudar, mas a Aliança pela Liberdade é a única que respeita seu voto!


A gestão Aliança pela Liberdade realizou um levantamento da presença dos representantes discentes (RDs) nos Conselhos Superiores da UnB através das atas das reuniões, junto a Secretaria de Órgãos Colegiados (SOC). Os RDs são eleitos anualmente (junto com a eleição da Diretoria do DCE) e a distribuição de cadeiras entre as chapas segue o sistema proporcional. Os resultados revelaram uma diferença abismal entre a atuação da Aliança pela Liberdade e os demais grupos do movimento estudantil, como se observa no gráfico a seguir: 


PERCENTUAL DE PRESENÇAS DOS REPRESENTANTES DISCENTES,
POR CHAPA E POR CONSELHO (2011-12)

Fonte: Atas das reuniões do CEPE, CAD e CONSUNI. Secretaria de órgãos colegiados (SOC). O cálculo é simples: total de presenças da chapa sobre o total de presenças possíveis(dado o número de cadeiras).


Esses conselhos são as instâncias máximas de decisão da Universidade. No Conselho Superior (CONSUNI) foram debatidas as regras de convivência (que regulam trotes, festas, consumo de bebidas e cigarro, passagens de carros de som pelo Campus e etc), a adesão da UnB a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH, que administrará o HUB) e as regras para escolha do Reitor.  No Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE) foram discutidas questões importantes como a greve, a adesão da UnB ao ENEM, a adesão da UnB a lei de cotas e o novo calendário acadêmico e criação de novos cursos. No Conselho Administrativo (CAD) são discutidas questões administrativas e financeiras, como o orçamento da UnB.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Um ano depois... O que fizemos?




Concluído o man­dato da ges­tão Aliança pela Liberdade (DCE 2011/12), apre­sen­ta­mos à comu­ni­dade aca­dê­mica uma pres­ta­ção de con­tas das prin­ci­pais ações desen­vol­vi­das no período. Entendemos como fun­da­men­tal para uma efe­tiva repre­sen­ta­ção polí­tica que os man­da­tá­rios pres­tem con­tas durante e depois dos man­da­tos. É com este intuito que pre­pa­ra­mos este texto.

A atu­a­ção da ges­tão foi divi­dida esque­ma­ti­ca­mente nas seguin­tes áreas: Segurança, Transporte, Participação e repre­sen­ta­ção, Infraestrutura, Assistência Estudantil, Mídias Sociais e assun­tos gerais.

Segurança

Entendemos que a inse­gu­rança  é um dos gra­ves pro­ble­mas da UnB  e que não pode­mos bana­li­zar ações cri­mi­no­sas que atin­gem  a vida e a inte­gri­dade da comu­ni­dade uni­ver­si­tá­ria, nem ao seu patrimô­nio. Organizamos a Semana da Segurança da UnB, quando apro­fun­da­mos o debate junto com espe­ci­a­lis­tas, auto­ri­da­des e mem­bros da comu­ni­dade uni­ver­si­tá­ria. A Semana cul­mi­nou com a audi­ên­cia pública na CLDF, onde se con­so­li­dou a pro­posta de criar um bata­lhão uni­ver­si­tá­rio, um braço da polí­cia espe­ci­a­li­zado na con­vi­vên­cia plu­ral do ambi­ente uni­ver­si­tá­rio, simi­lar ao Batalhão Escolar.

Criamos tam­bém o mapa cola­bo­ra­tivo de cri­mi­na­li­dade na UnB. Com a cola­bo­ra­ção das víti­mas de assal­tos ou vio­lên­cias, que podem facil­mente regis­trar a ocor­rên­cia no mapa cri­ado pelo DCE com a exper­tise do Google Maps, o DCE vêm cons­truindo uma grande base de dados, dis­po­ní­vel de modo inte­ra­tivo à comu­ni­dade. A ini­ci­a­tiva des­per­tou o inte­resse da secre­ta­ria de segu­rança e da mídia local e nacional.

No final de setem­bro, jun­ta­mente com o Decanato de Assuntos Comunitários, apre­sen­ta­mos a pro­posta de cri­a­ção da Polícia Comunitária Cidadã ao Subsecretário de Segurança do DF, Elson Sousa. Enfatizamos a neces­si­dade de trei­na­mento espe­cí­fico para lidar com a plu­ra­li­dade do ambi­ente aca­dê­mico con­co­mi­tante ao poder de pre­ven­ção do crime da polícia.

Transporte

De uma troca de twe­ets entre o DCE e a Secretaria de Transporte do DF nas­ceu uma par­ce­ria que cul­mi­nou na imple­men­ta­ção do posto móvel do Passe Livre Estudantil na entrada do ICC Norte. Em mea­dos de julho, o DCE reque­reu ao DFTrans a ins­ta­la­ção de um posto per­ma­nente na UnB. O pedido foi aca­tado e em setem­bro a rei­to­ria assi­nou o con­vê­nio, cedendo à Secretaria de Transporte um espaço no MASC entre o ICC Norte e a FT para o alo­ja­mento do posto. Para ini­ciar o fun­ci­o­na­mento, resta ape­nas a ins­ta­la­ção dos cabos de inter­net, o que ocor­rerá em breve.

Entregamos um ques­ti­o­ná­rio sobre o trans­porte público na UnB res­pon­dido por quase 300 estu­dan­tes. A ini­ci­a­tiva foi bem ava­li­ada e, assim, espe­ra­mos imple­men­ta­ções de novas linhas e de novos horá­rios em todos os campi, além de melho­rias do ser­viço de mobi­li­dade urbana.

Para aque­les que pos­suem carro, con­se­gui­mos junto à Disbrave a con­ces­são de R$0,10 de des­conto por litro aos dis­cen­tes, docen­tes e téc­ni­cos da Universidade de Brasília.

Democracia

Para apro­xi­mar a polí­tica estu­dan­til dos estu­dan­tes, Nesse sen­tido, a ges­tão Aliança pela Liberdade criou o pro­jeto Democracia 2.0, um sis­tema de vota­ção pela Internet, exclu­sivo para estu­dan­tes da UnB com veri­fi­ca­ção atra­vés do MatrículaWeb. Sob suges­tões de espe­ci­a­lis­tas em segu­rança vir­tual, apri­mo­ra­mos o código-fonte durante meses em prol do sigilo dos dados e da robus­tez no regis­tro dos votos. Testamos publi­ca­mente o Democracia 2.0 pela pri­meira vez em agosto, ques­ti­o­nando os alu­nos sobre o tér­mino da greve estu­dan­til. Em quase 30 horas, rece­be­mos 2196 respostas.

Infraestrutura

Para enfren­tar os pro­ble­mas de infra-estrutura da uni­ver­si­dade, cri­a­mos o GT de Infraestrutura, cujos rela­tó­rios (entre­gues peri­o­di­ca­mente a pre­fei­tura) cobra­ram o for­ne­ci­mento de itens como sabo­nete, papel higi­ê­nico; cobra­mos ainda solu­ções para pro­ble­mas como infil­tra­ção e gotei­ras, qua­li­dade física das salas de aula. Marcamos reu­niões com a Diretoria de Engenharia e Arquitetura do cam­pus e,  em con­sequên­cia, con­se­gui­mos subs­ti­tuir os bebe­dou­ros velhos por novos e fir­ma­mos um com­pro­misso de que não fal­ta­ria papel, sabo­nete ou papel higi­ê­nico nos banhei­ros. Salvo em cir­cuns­tân­cias excep­ci­o­nais, atu­al­mente não fal­tam estes itens no campus.

Assistência Estudantil

Com o apoio do DCE, foi enca­mi­nhado ine­di­ta­mente na Câmara de Assuntos Comunitários (CAC) pro­posta para refor­mu­la­ção dos pro­gra­mas da assis­tên­cia estu­dan­til, jun­ta­mente com a dis­cus­são para o fim da con­tra­par­tida tra­ba­lhista. Além disso, con­se­gui­mos junto a Universidade a garan­tia de paga­mento de auxí­lio ali­men­ta­ção aos estu­dan­tes sócio-vulneráveis quando o Restaurante Universitário não fun­ci­o­nar, bene­fí­cio antes con­ce­dido ape­nas aos mora­do­res da Casa do Estudante. Assim, apro­va­mos um aumento de apro­xi­ma­da­mente R$50.000,00 men­sais no orça­mento do auxílio-alimentação. E em nosso site, há uma seção dedi­cada ao tema.

Mídias soci­ais e novo site

Quando é o ajuste? Qual o prazo para revi­são de men­ção? Quando começa a matrí­cula? Foi decre­tada greve? Quando? Estas eram per­gun­tas que os estu­dan­tes roti­nei­ra­mente inda­ga­vam e que o Diretório Central dos Estudantes não for­ne­cia res­posta. Logo no iní­cio da ges­tão, ela­bo­ra­mos um site novo, uma pla­ta­forma que atu­al­mente dá trans­pa­rên­cia ao estu­dante sobre o que é e o que faz o Diretório e for­nece infor­ma­ções úteis ao seu coti­di­ano aca­dê­mico. Estreamos nossa página no Facebook, pro­vendo infor­ma­ções rápi­das e pon­tu­ais sobre matrí­cula, revi­são de men­ção, calen­dá­rio aca­dê­mico, deci­sões dos órgãos cole­gi­a­dos, aná­li­ses de greve etc. Como resul­tado, o número de segui­do­res nesta rede social dobrou para pouco mais de 9 mil, atin­gindo uma maior par­cela dos estu­dan­tes e fomen­tando um inter­câm­bio maior de infor­ma­ções entre a comunidade.

Assuntos gerais

Empresas juni­o­res. Além de criar uma página para expli­ca­ção e divul­ga­ção das empre­sas juni­o­res no site do DCE, ainda defen­de­mos com vigor nos órgãos cole­gi­a­dos a con­ces­são de cré­di­tos para os par­ti­ci­pan­tes des­ses pro­jeto. A ini­ci­a­tiva foi apro­vada na Câmara de Extensão e esta em vias de implementação.

Regularização dos Centros Acadêmicos.  No iní­cio do pri­meiro semes­tre de 2012, o DCE bus­cou os Centros Acadêmicos dos qua­tro campi para entre­gar uma car­ti­lha de assis­tên­cia à regu­la­ri­za­ção, pro­vendo exper­tise desde em como con­se­guir um CNPJ ou abrir uma conta ban­ca­ria a como regu­la­men­tar sua situ­a­ção junto à DEA e aos órgãos da UnB;

Transparência. A ges­tão Aliança pela Liberdade ado­tou o método das par­ti­das dobras para aumen­tar a pre­ci­são do  regis­tro con­tá­bil e pas­sou a divul­gar em seu por­tal ele­trô­nico as con­tas do Diretório. Objetivando expan­dir o poder de con­trole do público e dar trans­pa­rên­cia aos gas­tos do DCE, atu­al­mente qual­quer um pode visu­a­li­zar nossa contabilidade.

Reforma do DCE. Em junho abri­mos um con­curso para a reforma do espaço físico DCE com ver­bas do edi­tal UnB 50 anos. O pro­jeto está em está­gio de adap­ta­ção téc­nica pelo Ceplan, Centro de Planejamento da UnB, que con­du­zirá toda a obra em breve e trans­for­mará o DCE em um ambi­ente menos insa­lu­bre e mais inte­gra­dor e convidativo.

RU. Denunciamos com vigor os cons­tan­tes fecha­men­tos do R.U. Durante a greve, por exem­plo, con­se­gui­mos garan­tir o fun­ci­o­na­mento do R.U. para os estu­dan­tes da Assistência Estudantil.

Divulgação dos resul­ta­dos do PAS e ves­ti­bu­lar. Estabelecemos uma cul­tura de liber­dade na recep­ção aos calou­ros. Os anún­cios dos sele­ci­o­na­dos no PAS tri­ê­nio 2009–2011 e no ves­ti­bu­lar do 1˚/2012 foram mar­ca­dos por uma cul­tura de liber­dade. O DCE orga­ni­zou um espaço para aque­les que que­riam se sujar e rece­ber trote de seus vete­ra­nos con­co­mi­tante a uma área na qual a sujeira não era per­mi­tida, sal­va­guar­dando assim os direi­tos e as liber­da­des individuais.

Calourada UnB. A tra­di­ci­o­nal festa de recep­ção dos calou­ros foi parte das come­mo­ra­ções do cin­quen­te­ná­rio da UnB e foi a maior da his­tó­ria, com a par­ti­ci­pa­ção de 41 Centros Acadêmicos. A reper­cus­são che­gou à mídia.

Conclusão

Essas foram as prin­ci­pais ações da ges­tão Aliança pela Liberdade, ten­tando fazer jus as prer­ro­ga­ti­vas da Diretoria e à con­fi­ança dos estudantes.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Membro da AL é o primeiro estudante da UnB a participar do Programa de Bolsas Botín


     (Prédio da Fundación Botín na Espanha)

O estudante Michael Dantas, membro da Aliança pela Liberdade desde 2010 e discente do curso de Relações Internacionais, foi o primeiro aluno da Universidade de Brasília a ser selecionado para o Programa de Bolsas Botín para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina.

O programa é destinado a alunos de graduação que tenham até 22 anos. Em 2012, na sua terceira edição, mais de 2000 candidatos oriundos de mais 300 diferentes universidades disputaram 40 vagas distribuídas entre alunos de 9 países latino-americanos (10 brasileiros foram selecionados).

Os participantes terão todas suas despesas custeadas pela Fundación Botín para participar de um programa de formação que durará 8 semanas e será voltado para o aperfeiçoamento do exercício da função pública.

O programa se dará na Brown University (EUA), no Watson Institute for International Studies, e na Europa - principalmente em Madri. Contará com palestras e workshops realizados por acadêmicos e personalidades políticas, como Ricardo Lagos, Leonel Fernández, Lincoln Chafee e José Antonio Ocampo, além de visitas aos órgãos de governo espanhóis e a instituições europeias localizadas em Bruxelas.

A Aliança pela Liberdade parabeniza seu associado por representar o grupo e a Universidade de Brasília em uma atividade que reunirá jovens líderes de toda América Latina. 

domingo, 9 de setembro de 2012

Nós apoiamos a chapa 86, "UnB Somos Nós".



À comunidade da Universidade de Brasília,

Nós, da Aliança pela Liberdade, associação discente da Universidade de Brasília criada em 2009, somos pautados pela excelência acadêmica, o mérito individual, a autonomia de cátedra, a pesquisa e a extensão integradas ao ensino e úteis ao desenvolvimento de Brasília e do Brasil. Acreditamos que os maiores empecilhos para isso são o aparelhamento, o proselitismo e o sectarismo dentro da Universidade. 

Entendemos que no primeiro turno da consulta para reitor da UnB havia vários candidatos que poderiam contribuir para a consecução dos nossos valores e objetivos. Contudo, essa realidade mudou. A nós está claro que apenas uma das duas chapas reúne condições para levar nossa Universidade ao seu lugar de direito: a vanguarda do conhecimento. 

A Chapa 86, UnB Somos Nós – dos professores Ivan Camargo e Sonia Báo – representa hoje o projeto de Universidade necessária: livre, plural, comprometida com a sociedade e em busca da excelência em nível internacional. Nossos candidatos são professores com mais de 20 anos de dedicação a esta Universidade, respeitados em seus departamentos, na comunidade e com sólida carreira científica. 

A professora Sônia possui extenso currículo acadêmico, além de vasta experiência de gestão, sendo a diretora do Instituto de Ciências Biológicas (IB) durante os últimos 6 anos, quando este consolidou um patamar de qualidade raramente encontrado na Universidade de Brasília. 

O professor Ivan, além de sua profícua produção acadêmica, implementou o Matriculaweb e a Avaliação Docente, quando no Decanato de Ensino de Graduação (DEG) na Gestão Lauro Morhy, e serviu ao Estado brasileiro em diversas ocasiões na busca de resoluções para problemas nacionais na área de energia. Em sua gestão, frente ao DEG, a UnB chegou ao 1º lugar nacional na graduação de acordo com Ministério da Educação, e com um orçamento três vezes menor que o atual, quando nos encontramos fora das TOP 5 do país seja qual for o ranking de universidades utilizado, não obstante um orçamento anual que ultrapassa 1 bilhão de reais. 

A "UnB Somos Nós" é comprometida com a democracia e com o bom funcionamento dos Conselhos Superiores da Universidade de Brasília. Defende o policiamento socialmente responsável dos campi, o investimento em pesquisa em parceria com a sociedade, a valorização do empreendedorismo e das empresas-juniores, a assistência estudantil justa e eficiente, o devido cuidado com a infraestrutura. Valoriza igualmente os 4 campi, além de respeitar e ouvir estudantes, professores e técnicos na busca de um interesse comum: a excelência da Universidade de Brasília! 

Não seriam rótulos vazios a nos impedir de tomar parte nessa disputa. Acreditamos que alcunhas como Timotistas ou Geraldistas são exemplo de politicagem rasteira. O profº Marcelo Bezzeril, candidato à vice-reitor pela Chapa 80, é sem dúvida um homem honesto e probo, ainda que tenha sido indicado a Diretor pró-tempore da Faculdade de Planaltina pelo então reitor Timothy Mulholand. A mera participação de membros da comunidade acadêmica em qualquer gestão da Universidade de Brasília não pode jamais ser causa para condenação ou causar mácula irremediável. A nossa Universidade merece mais. Discutamos projetos, princípios e ideais, em vez de projetar sobre os adversários rótulos e acusações levianas imutáveis.  

É em nome da união da nossa comunidade acadêmica, da liberdade e do conhecimento que declaremos nosso apoio aos professores Ivan e Sônia. A Aliança pela Liberdade vota 86 para construir a UnB que sonhamos, merecemos e faremos - a UnB autônoma, plural e de excelência dos nossos fundadores.

P.S.: A Aliança pela Liberdade se compromete que nenhum dos seus membros jamais assumirá qualquer cargo caso a chapa 86 vença a consulta, o que inclui o cargo de Assessor Especial para a Juventude.

Atenciosamente,
Associação discente Aliança pela Liberdade.

sábado, 21 de abril de 2012

Minha Qüinqüagenária

*Por Carlos Góes

Você me encontrou um menino, uma criança. Imaturo, sonhador, cheio de energia. Sem nada saber dessa vida. Mas que achava que era adulto, que sabia de tudo, que estava pronto para encarar você. Comecei a me encontrar com você em manhãs sonolentas e em tardes cansativas - depois do estágio. Comecei a explorar suas curvas, seus vales, seus segredos. Aprendi que você era envolta em mitos e peculiaridades. Mas essas particularidades, ao invés de me repelir de você, me faziam ainda mais apaixonado.

Você me apresentou a tantas pessoas novas, tantos novos amigos. Até hoje não conheço ninguém que tenha me apresentado a tantas pessoas interessantes e inteligentes. E você não era ciumenta. Não se importava sequer se eu escapasse de um compromisso que eu tinha com você para ir pr’o bar.

Você tornava meus dias tristonhos em fantasia. Pegava meus sonhos e dizia que eles eram possíveis. Muitas vezes eles se tornaram realidade. E, mesmo quando não se tornavam, você me consolava nos infortúnios. Dizia que essas coisas aconteciam, que fazem parte da vida adulta, do amadurecimento. Recordava-me que, independentemente dos problemas, eles poderiam ser resolvidos - ou, ao menos, esquecidos - até o cair da noite, n’um Por-do-Sol.

Você era promíscua. Quantos outros passaram por seus braços? Mas era sua promiscuidade que fazia você especial. É porque você não se curva aos preconceitos disseminados - dilacera-os! Tantos você formou, tantos você ensinou, tantos você seduziu. Com suas peculiaridades, você nunca se adequa ao senso comum, mas constrói o amanhã.

Você soube jogar com minha imaturidade - aliás, a jovialidade que me atraía a você e que a atraiu a tantos outros. Quando deixei seus braços, já não era mais o mesmo. Não era mais o menino bobo e irresponsável - era alguém completo, formado por você, mas que nunca deixou de sonhar. Não tenho rumo. Mudarei de cidade, de país, de continente. Você que me incentivou a fazê-lo - a com isso sonhar. Entregar-me-ei a outros amores - e outros serão seus.

Mas você sempre, sempre!, será a minha qüinqüagenária.

Feliz 50 Anos, Universidade de Brasília!

Carlos Góes é Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília e poeta nas horas vagas. Foi representante da Aliança pela Liberdade no CONSUNI. Atualmente, cursa Mestrado em Economia Internacional pela Universidade Johns Hopkins.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Os novos rostos da Aliança pela Liberdade


*Por Davi Brito

Em 1° de novembro do ano passado tomou posse no DCE Honestino Guimarães a chapa Aliança pela Liberdade, formando assim a gestão que comandará o Diretório até fins de 2012. Ocorre que a Aliança não é só o nome da gestão do DCE, somos um grupo que existe desde 2009 com propostas sólidas, princípios claros e organizado internamente. Parte dessa organização inclui a eleição de uma diretoria, que, como em qualquer grupo democrático, se alterna por períodos previamente definidos. Nosso primeiro presidente foi um dos fundadores da Aliança, André Maia, e eu, Davi Rodrigues Brito, fui o segundo presidente deste grupo.

Hoje, os donos da faixa são, como o terceiro presidente da Aliança, Mateus Lôbo, discente de Ciência Política, e, como seu vice-presidente, Pedro Henrique Saad, aluno de Direito. O mandato de nossos novos líderes cessará ao fim da segunda semana letiva de 2013.

Mas por que é importante que a Aliança pela Liberdade se organize fora da estrutura do DCE? Existem alguns motivos para isso. O mais importante é que, assim como nos outros grupos discentes, os representantes discentes da Aliança nos conselhos universitários não são subordinados ao DCE, mas somente ao grupo de que vieram, ou seja, a própria Aliança pela Liberdade.

Outro ponto é que a Aliança como um grupo livre não tem a responsabilidade institucional que o DCE tem, por isso pode ter opiniões autônomas, fato importantíssimo para o livre debate de ideias.

Espero que os que vieram agora e os que virão depois depois de mim também se orgulharão ao passar o bastão para uma próxima geração, assim como imensamente me orgulho de ver que o projeto que por um tempo eu liderei consegue caminhar sem mim. Mas, junto ao bastão, passamos também os problemas, claro. Afinal, se não fossem problemas a ser resolvidos, não teríamos trabalho a ser feito aqui! E é isso que nos motiva a continuar trabalhando: a perene melhora de nossa amada UnB!

Já conseguimos trazer novas ideias para a UnB e tenho fé que nossos novos dirigentes farão o impossível para levar essas conquistas a todo o Brasil. Essas ideias, esses princípios, contudo, não são o que garantem nossas vitórias. Nossas vitórias vêm do nosso esforço e competência. O que nossos princípios fazem é transformar essas vitórias em algo belo, digno de ser exibido ao mundo como troféu, como exemplo, como esperança.

E é com essas palavras que apresento e desejo o melhor nesta empreitada a meus amigos Mateus Lôbo e Pedro Henrique Saad.

Que vocês façam a Liberdade brilhar! 


*Davi Brito é graduando em Direito pela UnB. É membro e o Presidente da Aliança pela Liberdade em 2011.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Eliminando o risco, securitizando a diversão: uma análise financeira da Calourada da UnB


*Por Carlos Góes 

Imagine que você tenha feito uma aposta com seu vizinho. Ele cobraria dois reais e lhe daria 10 reais se você conseguisse tirar coroa três vezes seguidas ao jogar uma moeda. Ao mesmo tempo, um outro vizinho lhe propõe a possibilidade de ganhar os mesmos 10 reais, mas você precisaria tirar coroa três vezes dentre seis tentativas. Você certamente escolheria a segunda proposta! Mas, e se o primeiro vizinho subisse a recompensa para 30 reais?! Talvez você se dispusesse a enfrentar mais riscos de perder... para ter a chance de ganhar mais. Essa é uma das máximas de finanças.

O que isso tudo tem a ver com a atual polêmica sobre a Calourada da UnB? Bem, o DCE modificou o modelo de gestão da Calourada para esse ano. Até o ano passado, os CAs agiam como capitalistas de risco[§]: entravam com um investimento inicial e arcavam com os altos riscos do capital depreendido. Embora tenham tido retorno no primeiro ano do modelo, no ano passado os CAs tiveram um significante prejuízo – o que evidencia a volatilidade do investimento.

Esse ano, o DCE tinha de tomar uma decisão: manter o modelo de alto risco ou procurar um novo modelo? Acertadamente, o DCE optou por um investimento mais conservador, que minimiza riscos. No total, o movimento estudantil ficará com 10% das receitas brutas mais 45% dos excedentes primários, o que totaliza mais da metade do total, sem precisar entrar com um centavo de investimento. Esse modelo é vantajoso pois permite que CAs sem fundos participem e, no caso de o evento dar prejuízo, garante que os CAs serão os únicos a receberem qualquer quantia. Por essa razão, desafio qualquer pessoa a justificar, com retornos suficientemente maiores que os já robustos volumes esperados, a modificação de um investimento de risco zero para outro de risco total.

Mais do que isso, cabem algumas perguntas... Deve o movimento estudantil da UnB atuar como um capitalista de risco, como defendem os membros das gestões passadas? Ou deve ele ser conservador em seus movimentos, minimizando risco e garantindo com maior certeza os recursos necessários ao financiamento de suas atividades representativas? Deve a Calourada ser um evento para benefício de alguns poucos, assumindo-se riscos simplesmente para treinar mão de obra qualificada para a gestão futura de eventos no DF, como era feito no passado? Ou deve ela servir para garantir a maior diversão de todos os estudantes, trazendo grandes atrações, como o Bloco do Sargento Pimenta[*] e Banda Uó[**]?

Chame-me de idealista, mas eu entendo que, para as funções acadêmicas e representativas do movimento estudantil, não é necessário mais do que algum dinheiro, criatividade, disposição e competência. Também não é conveniente que as festas se tornem o fim último do movimento estudantil ou que estas transformem-se em programas de trainee para futuros promoters de Brasília, subsidiados com dinheiro dos CAs e do DCE. Nada mais acertado, portanto, do que garantir um fluxo certo de recursos para os CAs, enquanto, concomitantemente, assegura-se um evento com ótimas atrações a preços razoáveis[∞] para todos os estudantes da UnB. Devem ser eles, todos os estudantes, e não somente os militantes do movimento estudantil, a terem seus interesses representados pelo DCE.

Sobre a Calourada deste ano, minha análise é de que ela é um péssimo negócio para as pessoas que decidiram assumir os riscos – eles devem ser muito depreendidos dos ganhos materiais, pois são péssimos homines oeconomici. Sob o ponto de vista financeiro, posso afirmar peremptoriamente: os riscos, esses sim, foram eliminados. E isso é ótimo para os CAs e para o DCE.
*Carlos Góes é Mestrando em Economia Internacional (com especialização em Finanças Internacionais) pela Universidade Johns Hopkins; Bacharel em Relações Internacionais pela Universidade de Brasília; e Geronte da Aliança pela Liberdade.
[§]No jargão de finanças: venture capitalists - aqueles que investem em “start-ups”, empresas ou projetos de retorno incerto – e, portanto, muito arriscado.
[*]Banda que toca Beatles em forma de marchinhas de carnaval, escolhida para ser a atração musical a tocar para o príncipe britânico em sua recente visita ao Brasil.
[**]Banda vencedora do Video Music Brasil, da MTV, em 2011
[∞] Dois shows a R$15,00 no Plano Piloto, sério?! Recordo, ainda, que estudantes Grupo I e II ganharão entradas para a Calourada promovida pela Gestão Aliança pela Liberdade.


ANEXO - MINI-ANÁLISE FINANCEIRA DA NOVA CALOURADA

(Esses números são ilustrativos e razoavelmente arbitrários. Eles servem basicamente para demostrar para o leitor interessado a diferença entre dois cenários: com e sem excedentes. Antes de dizer que é uma simplificação, saiba que essa mini-análise é isso mesmo: uma simplificação. Mas ela enfatiza as vantagens do modelo apresentado)


Modelo (I) - COM EXCEDENTES
Receitas Brutas:  R$458,250.00
10% para os CAs:  R$(45,825.00)
Custo Logístico e de Bens Vendidos  R$(120,000.00)
Excedentes Primários  R$292,425.00
Custos Operacionais (Investidor Externo)  R$(160,833.75)
Excedentes Líquidos  R$131,591.25
Total para o ME  R$177,416.25
DCE  R$58,485.00
Cas  R$104,310.00
Fundo Institucional  R$14,621.25
Modelo (II) - SEM EXCEDENTES
Receitas Brutas:  R$120,000.00
10% para os CAs:  R$(12,000.00)
Custo Logístico e de Bens Vendidos  R$(120,000.00)
Excedentes Primários  R$(12,000.00)
Prejuízo para Investidor Externo  R$(12,000.00)
Excedentes Líquidos  R$0,00   
Total para o ME  R$12,000.00
DCE  R$0,00   
Cas  R$12,000.00
Fundo Institucional  R$0,00   

Mentira acidental ou encomendada? (a inquietação continua).

*Por André Maia

 A pergunta continua sem resposta. Em sua coluna de hoje, o mesmo jornalista Ilimar Franco não prova e nem desmente o que disse. O jornalista tão somente publicou que:

"A DIRETORIA do DCE da UnB divulgou nota negando "qualquer ligação com o Senador (Demóstenes Torres) ou o seu partido (DEM)". Ela diz que nenhum dos diretores da entidade têm filiação partidária."


Ela não diz, senhor jornalista, ela PROVA. Ao contrário do senhor, não deixamos o dito pelo não dito. A Gestão pôde provar na mesma data em que o senhor os acusou que nenhum membro da Gestão Aliança pela Liberdade é filiado a qualquer partido político. As certidões negativas do TSE já foram emitidas e atualizadas. E as ligações estreitas? Onde estão? Quem era por elas responsável? Quem foi? Onde foi? Quando foi? Contra gente honesta a mentira tem perna curtíssima.

A Aliança pela Liberdade continuará fiel aos seus princípios. Daqueles que propagaram a notícia da mencionada coluna não podemos esperar o mesmo. Essa falta de princípios não é novidade.

Essa conversa fiada, felizmente, não passou despercebida: A Universidade de Brasília e o Comando de Caça aos Não-Comunistas

*André Maia é graduado em Relações Internacionais e graduando em Direito, ambos pela UnB. É membro fundador e Presidente de Honra da Aliança pela Liberdade.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mentira acidental ou encomendada?




* Por André Maia

Na Coluna "Panorama Político" de hoje, o jornalista Ilimar Franco - O Globo, divulga a seguinte nota:

Demóstenes e a Juventude do DEM

A queda do senador Demóstenes Torres (GO), alvejado pelas ligações com Carlinhos Cachoeira, é um golpe no trabalho do DEM entre a Juventude. Ele era uma espécie de ícone da nova direita e vinha percorrendo o Brasil organizando a juventude em torno das ideias conservadoras do DEM. Crítico das cotas, ele tinha relação estreita com professores e a atual diretoria do DCE UnB Honestino Guimarães e participava de um movimento de oposição ao reitor José Geraldo de Souza Junior. No seu Twitter, Demóstenes chegou a escrever: "O que há na UnB é uma espécie de bullyng ideológico, e estou aguardando relatos de outras universidades".

A Aliança pela Liberdade informa que JAMAIS teve qualquer relação com o Senador Demóstenes Torres e está curiosa em saber de onde veio tal fantasia e onde ela quer chegar. Este grupo também não tem nenhuma relação com a Juventude do DEM. O que fizemos, no passado, foi expulsar do nosso grupo uma pessoa filiada a este partido, tão logo se comprovou que ele mentira para o grupo, ao negar filiação partidária quando era, de fato, filiado. No nosso entender, fizemos bem: expulsamos alguém que traiu os princípios de apartidarismo do grupo. O supracitado fato ocorreu quando ainda nem éramos gestão do DCE, há 2 anos. A produção de mentiras e inverdades de forma tão gratuita só dá a certeza a este grupo de que estamos no caminho certo. Cabe agora ao jornalista provar o que disse e esclarecer sua informação. Nossos advogados já estão cientes do fato e buscaremos as vias necessárias para que tamanha leviandade não passe impune.

*
André Maia é graduado em Relações Internacionais e graduando em Direito, ambos pela UnB. É membro fundador e Presidente de Honra da Aliança pela Liberdade.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

2012: Balanço e perspectivas do DCE UnB


Artigo publicado no site da UnB
"Em outubro, o resultado das eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE) colocou a universidade sob os holofotes da mídia. A chapa Aliança pela Liberdade venceu sete concorrentes de esquerda e dividiu os estudantes. Tachados de conservadores, defenderam-se dizendo que acreditam na excelência acadêmica e no mérito, e não na ocupação de espaços da universidade, como forma de fazer revolução."

Desde 2009, a Aliança pela Liberdade trabalha para que as práticas de nossa Universidade sejam guiadas por Liberdade e Excelência Acadêmica. Se se pode atribuir um significado à palavra “universidade”, com certeza ela está ligado à produção e difusão de conhecimento crítico e de ponta. Foi com estas crenças que nosso grupo se apresentou à comunidade acadêmica e assumiu a gestão do Diretório Central dos Estudantes da UnB.
Dois meses se passaram desde nossa posse em 1º de novembro de 2011 e, mesmo sendo um período curto e de transição, já alcançamos algumas importantes e simbólicas conquistas. Entre elas, destacamos as seguintes:
Limpeza do espaço físico do DCE
Para a universidade atingir seu potencial, é essencial que “detalhes” como qualidade do espaço físico e até mesmo sabonete nos banheiros não sejam incômodos para seus usuários. Do mesmo modo, um ambiente sujo e bagunçado, além de ser um péssimo ambiente de trabalho, é exemplar em repelir interessados em ver de perto a representação estudantil. Planos para uma reforma maior do espaço já estão encaminhados. (Fotos)
Permanente abertura ao diálogo
Sempre deixamos claro nosso apreço pela pluralidade de ideias. Estamos em contato cotidiano com membros de outros grupos estudantis que, a despeito da oposição, também lutam por uma universidade melhor e por isso são essenciais ao movimento estudantil. A colaboração dos estudantes, incluindo os membros de chapas opositoras, é bem-vinda. Prova disso foi a ampla divulgação do Conselho de Entidades de Base (CEB), entidade com representação e voto dos CAs. Foram quatro reuniões (3 deliberativas), sendo as pautas e atas disponibilizadas para todos os estudantes através do site do DCE.
Parceria com instituições acadêmicas, sociais e culturais
Nossas portas estão abertas não só à universidade, mas a todos que queiram contribuir por um Brasil melhor. Por isso, firmamos parcerias em eventos de órgãos como IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), IFC (Instituto de Fiscalização e Controle), Escola de Samba Acadêmicos da Asa Norte, entre outros. Além disso, demos ampla publicidade aos eventos culturais promovidos e acadêmicos através do site e de redes sociais.
Assistência Estudantil
Em nossa posse assumimos o compromisso de lutar pela melhoria da assistência estudantil. O momento mais representativo neste campo foi a participação no Orçamento Participativo do Plano Nacional de Educação Superior (OP-PNAES). Divulgamos maciçamente o programa e dedicamos espaços de participação a cada um dos 3 campi avançados, dividindo as restantes em votação no Conselho de Entidades de Base - CEB. Deste modo, qualquer interessado em contribuir para a melhora da Assistência Estudantil na UnB teve como se fazer ouvir.
A atuação da atual gestão foi decisiva ao exigir dados detalhados sobre os recursos disponíveis, sobre a demanda em cada uma das áreas da assistência estudantil, a fim de embasar as decisões. (Para aprofundamento: Permanência e Alimentação são prioridades na Assistência estudantil)
Também acompanhamos de perto e demos apoio a reivindicação dos Estudantes da FUP, que exigiam a construção de um Restaurante Universitário e a conclusão das obras do alojamento estudantil. Além do apoio, procuramos nos informar sobre as causas do atraso nas obras e pressionamos os órgãos competentes a agilizar o processo. (Para aprofundamento: Dignidade aos/às estudantes da FUP)
Novo site do DCE
O novo site do DCE-UnB é uma mudança simbólica para o movimento estudantil. Não pode existir representatividade sem transparência e prestação de contas. A radical reorganização de nossa plataforma virtual permite que, pela primeira vez na história do movimento estudantil da UnB, os estudantes saibam o que está ocorrendo na universidade. Estatuto do DCE, contato dos representantes discentes, eventos e interesses em geral estão próximas do estudante e integradas com as redes sociais. Um exemplo dessa sintonia entre o site e os estudantes foi a página que trata dos cursos de verão, onde disponibilizamos informações atualizadas sobre matérias ofertadas. Foram nada menos que 900 “curtidas” em redes sociais, marca que mesmo os grandes portais da internet raramente alcançam.
Nossos votos para o ano que se inicia
O ano de 2012 tem tudo para ser um ano especial para a UnB e repleto de desafios. Debates sobre a Estatuinte, eleições para Reitor, realização de grandes eventos como o FLAAC (Festival Latino-Americano e Africano de Arte e Cultura). E, mais importante, em 2012 a UnB completará 50 anos de existência, dada a ser comemorada e que deve servir para pensarmos os rumos da universidade. Qual será a UnB dos próximos 50 anos e o que faremos para que ela obtenha ainda mais destaque na produção e difusão de conhecimento, na formação de profissionais, cidadãos e líderes? Ano de comemoração, trabalho e também de reflexão.
Fazemos votos para que em 2012 (e nos próximo 50 anos) nossa universidade seja um espelho do que queremos para nossa sociedade. Que convivamos em um ambiente seguro e humano, que a administração pública seja eficiente e transparente; que bons projetos sejam fomentados, que a democracia e a pluralidade predominem, que o conhecimento se multiplique; que as necessidades especiais sejam atendidas.
Desejamos também que a esperança vença o medo e que o bom-senso vença a ignorância, que cada um contribua da melhor maneira que puder por um país melhor. Que a comunidade acadêmica, em toda sua diversidade, nos ajude na árdua busca por uma UnB melhor.
Estes são nossos mais sinceros votos.
Um ótimo 2012 para todos!
DCE – Gestão Aliança pela Liberdade.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Membro da Aliança pela Liberdade é destaque no portal da UnB





Davi, 22, 9º semestre de Engenharia Elétrica, foi reconhecido por reduzir a qualidade de imagens em ressonâncias magnéticas


Diogo Lopes de Oliveira - Da Secretaria de Comunicação da UnB

Desde cedo, Davi Marco Lyra Leite seguiu o conselho dos pais. “Seja útil”, eles diziam. Assim, o jovem que finaliza seu curso de graduação no próximo mês de junho, cresceu com a preocupação de melhorar a qualidade de vida das pessoas. “Entrei na universidade com a certeza de que queria trabalhar com tecnologia médica. Só não sabia se em Física ou Engenharia”, relembrou Davi.

O reconhecimento ao esforço de Davi veio por meio de uma das mais conceituadas instituições de sua área, o Institute of Electrical and Electronic Engineers (IEEE). Ele recebeu o segundo lugar na categoria Engenharia Elétrica no Concurso de Papers Estudiantiles Región 9, que reuniu trabalhos de graduação e pós de dez países latinoamericanos.

A inovação do trabalho de Davi é tornar possível que mais de uma bobina possa colher dados durante a ressonância magnética. O resultado é bem útil: os pacientes passam menos tempo em exposição e não precisam prender a respiração ou ficar praticamente imóveis durante todo o exame. O artigo premiado foi escrito sob a orientação de João Luiz Carvalho, professor do Departamento de Engenharia Elétrica da UnB.

Além do recente prêmio, Davi já recebeu medalhas e distinções acadêmicas da Sociedade Brasileira de Física, do Exército Brasileiro, e da Sociedade Brasileira de Astronomia. O jovem pesquisador tem publicações no Caderno de Relações Internacionais da PUC-RJ e em congressos de iniciação científica regionais e nacionais.

PRINCÍPIO - O professor João Luiz explica o princípio da inovação elaborada por ele e por Davi: quanto maior a quantidade de bobinas (antenas) utilizadas na captação das imagens emitidas pelo corpo, melhor a qualidade do material. Ou seja, o aumento do número de bobinas diminui o tempo de coleta. “Na ressonância magnética, se você utiliza quatro bobinas em posições diferentes, consegue carregar as imagens na metade tempo”, esclarece. "Agora, que ganhamos tempo, precisamos trabalhar para otimizar a qualidade da imagem com quatro captadores”, explica Carvalho.

Existem boas chances de que, ao terminar a graduação, Davi parta diretamente para o doutorado na University of Southern Califórnia (USC), onde será orientado por Crishna Nayak, mesmo professor que ajudou Carvalho a redigir sua tese de doutorado que desenvolveu uma técnica para medir a velocidade do fluxo sanguíneo no organismo. Carvalho está otimista em relação a ida de seu aluno aos Estados Unidos. “Estou muito otimista. Conversei com Nayak e acho que Davi será aceito na equipe de doutorado do próximo ano letivo nos Estados Unidos”, garantiu.

Carvalho disse que desde que conheceu Davi, há três anos, seu aluno sempre quis estudar fora. “A busca de Davi por universidades nos Estados Unidos partiu dele mesmo”, assegurou. Para o docente, além dos prêmios recebidos por Davi, a USC deve valorizar os trabalhos voluntários desenvolvidos por seu aluno. Apesar da quase certeza de sua ida à América do Norte, Davi é cético: “Só vou acreditar quando estiver lá”, disse.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

APARTIDARISMO E IDEOLOGIA:

Réplica da Aliança pela Liberdade
Ainda que discordemos de alguns pontos do texto Apartidarismo e Ideologia, assinado pelo estudante Guilherme Riscalli (graduando em Filosofia pela USP), não podemos negar que o texto é bem escrito e que suas críticas são bem fundamentadas. Como o texto faz menção a quatro grupos estudantis de quatro universidades (UFRGS, UnB, UFMG e USP) e o trata em bloco, essa réplica se restringe apenas aos pontos em que a caracterização geral não se aplica a Aliança pela Liberdade.

Se compreendemos bem, a tese central do texto é que “esses grupos emergentes” não se enxergam como parte de uma “diversidade política” e negam a existência “de uma partição específica num coletivo social”. O texto possui ainda outras teses secundárias, das quais destaco: (1) a negação da ligação “óbvia” desses grupos com os partidos conservadores (PSDB, DEM e PP) e (2) esses grupos escondem suas intenções e fazem da política uma questão meramente técnica (quer dizer, de eficiência).

Para nós da Aliança pela Liberdade sempre esteve claro que atuamos dentro de uma arena política (a arena universitária), cujo público (os estudantes) não é homogêneo. Ora, como poderíamos achar que somos os únicos a representar a totalidade dos estudantes, se vencemos uma eleição disputada por oito chapas, onde obtivemos menos de 30% dos votos?

O corpo discente apresenta uma enorme pluralidade de opiniões, de interesses, de prioridades e de valores; entretanto, mesmo entre os grupos mais diversos, acreditamos que é possível sim encontrar elementos em comum pelo qual todos podem trabalhar. Não temos a pretensão de ser a única voz dos estudantes e dois gestos da atual gestão exemplificam o que digo. Em pouco mais de um mês de gestão, o Conselho de Entidades de Base (órgão deliberativo com representação dos CAs) foi convocado 4 vezes, uma freqüência muito maior do que se viu nas últimas gestões. Outro gesto foi a indicação dos componentes do Orçamento Participativo, que em 2012 irá gerir 10% dos recursos destinados a Assistência estudantil. Ao DCE cabia indicar todas as cadeiras, mas por iniciativa própria a diretoria destinou 3 cadeiras para cada um dos novos campi da UnB — nos quais chapas oposicionistas venceram; 7 vagas foram indicadas pelo Conselho de Entidade de Base (CEB). Muitos dos eleitos fazem oposição a atual gestão, alguns deles oriundos de chapas concorrentes, ficando o DCE apenas com duas dessas cadeiras.

Se quiséssemos exercer o poder sozinhos, por que convocar tanto os órgãos onde a oposição pode exercer o poder? Por que dividir cadeiras com pessoas que não são da gestão e que nos fazem oposição? O que mais queremos é que a política estudantil reflita a pluralidade existente no corpo discente e para isso é fundamental revitalizar os espaços de deliberação. Preferimos prejudicar a nossa agenda e nossas propostas, se esse for o preço a ser pago pela revitalização do ME. (Como mostrei, as eleições anuais para DCE e RDs, momento de maior mobilização estudantil, 82% dos estudantes preferiram não votar, sendo que em 2009 esse número era ainda maior).

Sobre a ligação “óbvia” com os “partidos conservadores”, quais sejam, PSDB, DEM e PP. A atual gestão, no ato da posse, apresentou certidões emitidas pelo TSE que comprovam a não filiação dos seus membros. A Aliança pela Liberdade não proíbe o ingresso de filiados a partidos políticos (como se costuma repetir). O filiado pode ingressar no grupo, mas não pode assumir cargos no DCE, não pode ser representante discente, nem assumir cargos internos na Aliança. Mentir sobre filiação partidária, ou não atualizar informações, é punido com expulsão do grupo, pois consideramos que honestidade, antes de ser uma qualidade, é um pré-requisito para quem faz política. Se o filiado quiser cooptar o grupo no interesse de seu partido e usar o ME como trampolim político, sua vida será dificultada pelas normas internas: isso deve explicar por que filiados não nos procuram.
Cabe ao autor o ônus de provar a ligação com da Aliança com aqueles ou com quaisquer outros partidos políticos. Se o autor achar ligações dos demais coletivos com os partidos, isso nada prova a nosso respeito. A escolha de tratar esses movimentos como um bloco é do autor, mas isso não exime de provar as afirmações gerais para cada uma das partes.

“Sua pretensão é a de superar as disputas políticas e aparecer como chapa branca, neutra”. Não somos chapa branca, ou neutra, nem a representação de todos, simplesmente porque não acreditamos em nada disso. A política universitária se caracteriza por uma infinidade de questões (tais como segurança, assistência estudantil, regras de convivência, financiamento de pesquisas, infra-estrutura entre inúmeras outras) e em todas elas os estudantes se dividem. As diferenças são tanto de prioridades (ou seja, dos fins últimos das políticas) como diferenças técnicas (ou seja, divergências quanto ao resultado esperado de uma dada política).

Não negamos o jogo político e participamos dele, do mesmo modo que o fazem as chapas ligadas ao PT, ao PC do B, PSB, PSTU, PSOL, PCO, ou os coletivos anarquistas. Dizer que somos “invólucros sem vontade, a serem preenchidos, sem atrito, sem resistência, pelo rosto desse mítico ‘todos” é ignorar nossa história, nossa atuação. Recomendo a leitura do texto “Prestação de contas a comunidade acadêmica”, onde sintetizamos um ano de atuação do grupo. Foram mais de 60 textos, onde nos posicionamos sobre os mais diversos temas da política estudantil.

Em suma, compartilhamos com Guilherme Riscalli os mesmos valores e as mesmas referências. Apenas não achamos que a crítica se aplique ao grupo estudantil Aliança pela Liberdade. A representação do todo e a pacificação da política foram levadas a cabo, ao longo do século XX, por regimes de direita e esquerda, que suprimiram liberdades civis e políticas, instituíram o unipartidarismo e calaram as vozes dissonantes. Caro Riscalli, tanto nossos princípios como nossas práticas se opõem a essa “pacificação da política” e nós repudiamos tanto ideias como regimes que sirvam a essa distopia.

Saulo Maia Said
Membro da Aliança pela Liberdade desde 2009
Graduado em História pela UnB e mestrando em Ciência Política pelo IESP-UERJ (antigo IUPERJ)

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Pelo fim das polarizações apaixonadas: um chamado à comunidade acadêmica

*Por Aliança pela Liberdade

Desde que a Gestão Aliança pela Liberdade tomou posse acusações ferozes e infundadas circulam nas redes sociais. Mesmo depois de todos os membros da gestão apresentarem, por iniciativa própria, declarações de não-filiação partidária ao Conselho de Entidades de Base, alguns insistem em imputar-nos o estigma de que teríamos faltado com a verdade durante as eleições. Por meio desta nota, o DCE reafirma o fato comprovado pelas declarações do Tribunal Superior Eleitoral já publicizadas: não há membros filiados na gestão do DCE - sendo fato vencido e público, qualquer tergiversação sobre esse assunto indica má fé ou ignorância. Outrossim, não haverá mais qualquer declaração institucional sobre esta matéria, que passará a ser tratada diretamente pela Assessoria Jurídica do Diretório.

Para além disso, fazemos um chamado à comunidade acadêmica para cooperar conosco no trabalho que já começou - seja atuando como colaborador do DCE nas diversas comissões de atuação, seja fazendo uma oposição vigilante, responsável e de boa fé. Colaboradores são alunos da UnB que decidem ajudar o DCE contribuindo de forma esporádica ou permanente nas atividades do Diretório, mesmo sem fazer parte da gestão. Eles são peças essenciais, pois o trabalho de construir uma UnB livre, eficiente e progressista não é pequeno.

O trabalho já começou e é intenso. Diversas reuniões realizadas com a Reitoria, a OAB/DF, a Secretaria de Segurança Pública do GDF e representantes de Universidades Estrangeiras, dentre outros, têm firmado as diretrizes para que alcancemos aquelas bandeiras que foram escolhidas pelos estudantes da UnB para ser a agenda de ação do DCE: maior segurança no campus, mais recursos em financiamento para pesquisas, mais convênios para intercâmbio, empoderamento dos estudantes por meio dos CAs, assistência estudantil, RU em todos os campi e uma reforma institucional no DCE.

Há muito espaço para colaboração entre os diversos grupos da Universidade de Brasília e esperamos cumprir a missão que acreditamos ser correta, qual seja: a de que o DCE deve servir aos estudantes - e não conduzi-los. Entendemos que mesmo as eventuais discordâncias não devem implicar em irracionais polarizações apaixonadas ou em um espírito fratricida que não colabora em nada com a melhoria da Universidade de Brasília. Por isso, chamamos todos os estudantes ao diálogo e chamamos aqueles que se sentirem motivados a contribuir com uma UnB mais livre ao trabalho.

Se você quer fazer da UnB mais livre, entre em contato com o DCE.

Twitter: @dceunb

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Uma mensagem às mulheres livres


Rose W. Lane, pioneira da liberdade e
da luta contra todos os preconceitos
*Por Carlos Góes
Este texto foi motivado pela seguinte situação, ocorrida durante a cerimônia de posse da Gestão Aliança pela Liberdade para o DCE Honestino Guimarães: "Uma representante do Centro Acadêmico de Sociologia (CASO) disse não se sentir representada por uma mesa composta apenas por homens e pediu para conhecer as mulheres da Aliança. Quando Mariana Sinício, nova coordenadora geral do DCE iniciou as apresentações, veio um grito da platéia: 'submissa'. Mariana interrompeu as vais e pediu respeito: 'Se eu disse que sou coordenadora geral não tem ninguém acima de mim, logo não sou submissa. Vocês pediram para nos apresentarmos, então nos deixe falar'." (para mais, ver Campus Online). Anteriormente, a coordenadora-geral Mariana Sinício tinha declarado: "Nós não nos sentimos excluídas. Na Aliança não existe separação por gênero".

A declaração de que não existe uma diferenciação entre homens e mulheres na Aliança pela Liberdade é perfeita. É exatamente nisso que um pano de fundo de liberdade individual implica. A sociedade ideal em que acredito não é aquela que dá tanto enfoque às diferenças a ponto de exacerbá-las. É um ideal exatamente contrário a isso: é uma sociedade que dê tão pouca importância às diferenças a ponto que elas, embora múltiplas, se tornem banais.

Quando chegarmos à banalização das diferenças, seremos tão diferentes que seremos todos iguais (em dignidade e direitos). Seremos todos igualmente indivíduos, mas sem qualquer tentativa autoritária de uniformização das nossas particularidades. Pois são essas desigualdades múltiplas, essas particularidades diversas, que criam a necessidade de vida em sociedade. É nossa pluralidade que torna a vida tão bela - que torna a liberdade tão necessária.

Para além disso, parabéns pela coragem de terem aceito essa missão em nossa Aliança. Aqui, sabemos que mulheres são competentes, inteligentes e eficientes - e que a única coisa que vocês precisam para conseguir destaque e prosperar é que não haja barreiras de entrada. Aqui, essas barreiras não existem - não fazemos divisão de gênero. Aqui, para parafrasear Martin Luther King, as pessoas são julgadas pelo conteúdo do seu caráter - e não por seu gênero. Não é nada inesperado, portanto, que em um ambiente livre as mulheres se destaquem - e tomem papel de liderança. Vocês são exemplos claros de que política, debate e liderança é sim lugar de mulher - é lugar de mulheres inteligentes e competentes como vocês.

As críticas já começaram a chegar. De forma interessante, a crítica ao sucesso de vocês vem mais de mulheres que de homens. São mulheres que, ao contrário de vocês, têm espírito autoritário e querem-lhes negar sua própria liberdade. Acham que detêm o monopólio da feminilidade - e que as mulheres que não militam do modo que elas acham correto não são "mulheres de verdade", mas somente machos cujos sexos lhes foram arrancados.

Esse espírito totalizante, que quer resumir toda a bela complexidade de todas as mulheres em um tipo ideal, é ignorante. Mulheres são indivíduos completos compostos por diversas identidades: nacional, sexual, ideológica, religiosa, étnica, de gênero, entre outras inúmeras. A identidade individual reside na justaposição dessa miríade de diversas identidades coletivas. Por isso, esse espírito totalizante é ignorante, pois não percebe que as mulheres são tão diferentes entre si quanto em comparação com homens.

Gênero é apenas uma das facetas das mulheres - não sua totalidade. Em última instância, cada mulher (e cada homem) é um universo em si mesma. Universos diversos, plurais, únicos! As diferenças são tão grandes que são... banais! Por isso, louvo o trabalho de vocês não porque vocês são mulheres, mas porque vocês são competentes, inteligentes, eficientes e inspiradoras. Não fazemos separação de gênero porque aqueles que realmente são isentos de preconceito tomam gênero como uma variável irrelevante - o que importa é tão somente o conteúdo do caráter.

Por fim, uma mensagem de ânimo: não se deixem abater. Vocês são mulheres livres. E mulheres livres são aquelas que escolhem seus próprios destinos. Mulheres livres são aquelas que se levantam para defender aquilo que julgam correto - ainda que sob crítica, ainda que tenham de se levantar sozinhas. Vocês não precisam de anuência ou de bênção de ninguém - somente daqueles que vocês livremente escolherem como confidentes e conselheiros.

No fundo, de fato, uma mulher precisa de um homem (ou de outra mulher) tanto quanto um peixe precisa de uma bicicleta. Verdadeiramente, a única coisa que uma mulher precisa é de liberdade. Sendo livre, pode ser plena.

*Carlos Góes é membro fundador da Aliança pela Liberdade, bacharel em Relações Internacionais pela UnB e mestrando em Economia Internacional pela Johns Hopkins University.

O conteúdo deste texto é de total responsabilidade do autor e não reflete necessariamente a opinião da Aliança pela Liberdade.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

QUANDO A CORAGEM VENCEU O MEDO - DISCURSO DE POSSE



Estimados membros da gestão cessante e das demais chapas,
Colegas da Universidade de Brasília,
Amigas e amigos presentes,
Boa tarde,

"Todas as coisas brilhantes e virtuosas derivam do trabalho de indivíduos que puderam criar em liberdade". Einstein

É, para nós, uma honra ter recebido um voto de confiança das e dos estudantes da Universidade de Brasília - que escolheram o projeto de uma UnB Livre como diretriz norteadora. Agradecemos a lisura do processo eleitoral, em especial à Comissão Eleitoral, nas pessoas do Fernando, Gustavo Cuia, Heitor, Lázaro, Leandro, Micha e Tatiane.

Somos mais do que rótulos, somos princípios. Queremos fazer uma UnB mais livre, lutaremos até o fim por isso.

Ao assumirmos o Diretório Central dos Estudantes Honestino Guimarães, assumimos a responsabilidade de honrar seu nome. Honestino foi um estudante que, assim como nós, se indignou com os absurdos ao seu redor. Sob o manto repressor da ditadura militar, Honestino lutou e morreu por princípios maiores: por democracia, por igualdade de direitos, por li-ber-dade.

Enganaram-se aqueles que, com base em estereótipos, preconceito e ignorância, achavam que esse DCE passaria a se chamar DCE Luís Inácio Lula da Silva - ou DCE Fernando Henrique Cardoso. Aqui assumimos publicamente o compromisso de que o Diretório que carrega o nome Honestino Guimarães não esquecerá seu dever histórico: a luta por liberdade.

Nossa primeira responsabilidade é com aqueles que dependem de assistência estudantil para poder continuar seus estudos. Bolsa permanência, moradia estudantil e alimentação dos estudantes Grupo 1 e 2, inclusive por meio de RU em todos os campi, é um dever da Universidade. Mais de uma vez falamos que o mérito é um de nossos princípios. Portanto, nada mais justo que a Universidade recompense aqueles alunos que, sabemos, pelos diferentes pontos de partida, enfrentaram maiores dificuldades para conquistar o limitado acesso à Universidade pública. Essas lutas também são nossas.

Além disso, precisamos nos preocupar com o cotidiano universitário para permitir que a UnB cumpra sua missão, qual seja: “produzir, integrar e divulgar conhecimento, formando cidadãos comprometidos com a ética, a responsabilidade social e o desenvolvimento sustentável.” Um espírito de conservadorismo espúrio tem afastado a Universidade de sua missão. Somente com o rompimento de preconceitos ideológicos poderemos: aumentar os recursos para pesquisa e inovação; apoiar o aprendizado prático, a responsabilidade sócio-ambiental e o empreendedorismo através de empresas juniores e projetos de extensão; garantir a segurança e integridade física dos estudantes, professores e funcionários; e assegurar os devidos investimentos em infra-estrutura que combinem uma expansão universitária que não atropele o objetivo de excelência acadêmica.

Sabemos que a UnB tem uma vocação de pluralidade. O DCE representa os estudantes. Contudo, seria petulante e autoritário achar que as iniciativas estudantis se resumem àquilo que determina o DCE. Entendemos que o DCE deve apoiar as iniciativas estudantis. O DCE deve servir aos estudantes - e não dirigi-los.

Por este motivo, temos a plena convicção de que os diversos grupos, coletivos e indivíduos que compõem a comunidade acadêmica continuarão a levantar causas importantes em todas as esferas da realidade. Serão causas múltiplas, diversas, contraditórias. É da pluralidade, das diferenças, do debate que deriva a beleza da liberdade.

Alguns alegam que os 1280 votos que nos elegeram não seriam suficientes para garantir a representatividade da gestão. Concordamos que isso seja um problema. Mas, problema maior é o fato de que dos cerca de 33 mil estudantes da UnB, 27 mil escolheram não votar. Há, de fato, uma crise de representatividade no DCE. Mas essa crise de representatividade é do sistema representativo. Esse é nosso diagnóstico - e é por isso que apresentamos uma proposta de DCE parlamentarista: para que os que não se sentem representados tenham voz. Entregaremos nossos cargos no momento em que o Parlamentarismo for aprovado, pois nosso projeto nunca foi um projeto de poder, nosso projeto é um projeto de potência.

Assim, assumimos outro compromisso em nome da nova gestão do Diretório Central dos Estudantes. Não fecharemos a gestão a outros grupos. Nenhum sistema representativo é perfeito, mas os resultados serão muito melhores com respeito mútuo, diálogo, trabalho conjunto e tolerância.

Mesmo dentro dessa enorme pluralidade, há interesses comuns a todos os discentes da UnB. Todos querem que essa Universidade atinja plenamente o seu potencial. É uma questão inclusive de respeito à sociedade que a financia com tanta dificuldade. Mais de um bilhão de reais são investidos na UnB à cada ano. O mínimo que podemos fazer é nos esforçarmos para que ela esteja entre as melhores do mundo! Tão evidente quanto o potencial da UnB é que ele não se concretiza só com ideias. Delas precisa surgir uma postura de irresignação, de união, de trabalho conjunto de onde surgirá a transformação da UnB, do Distrito Federal e do Brasil.

Como afirmamos no começo, a nossa essência são os nossos princípios. Mas, se nossa essência são nossos princípios, nosso corpo é nosso trabalho. Que nos tomem por nossas ações e assim entendam nossos princípios, não o contrário.

O trabalho já começou e quem quiser ajudar é muito bem vindo, há muito a ser feito. Vai ser difícil, nós sabemos, mas vai compensar. A UnB tem tudo para estar no topo. Essa gestão trabalhará porque cada um de nós acredita nisso! Mesmo que alguns tentem impedir esse trabalho, continuaremos lutando. Em respeito aos nossos eleitores, em respeito a todos os alunos e alunas, à comunidade acadêmica e à sociedade brasileira. Continuaremos lutando por uma UnB livre, inclusiva, plural e de excelência.

''A posteridade poderá saber que não deixamos, pelo silêncio negligente, que as coisas se passassem como num sonho'' (Richard Hooker)

Viva a UnB e viva a liberdade! Obrigado!

Davi Brito,
Presidente da Aliança pela Liberdade.

Blog da Liberdade