segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Educação no Campo


A Administração não tem a livre
disposição dos bens e interesses públicos, porque atua em nome de terceiros. Por essa
razão é que os bens públicos só podem ser alienados na forma em que a lei dispuser. Carvalho Filho.

Tendo lido no site da UnB uma chamada sobre uma convocação para os aprovados no vestibular de Educação no Campo, tive a memória provocada (http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=4104). Há tempos ouvimos rumores, mais ou menos fortes, mais ou menos próximos do mundo real, a respeito da criação de cursos ou cotas para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na UnB.
Não é apenas da cabeça criativa das pessoas que advêm tal desconfiança. Na Universidade Federal de Goiás (UFG) já havia experiência sobre a matéria (http://www.mst.org.br/node/7688), onde o MST desfrutava de seu curso de Direito Agrário.

Fui ao site do Cespe e decidi checar a natureza desse novo curso (http://www.cespe.unb.br/vestibular/educacaodocampo2009/). Lidos o edital e a prova aplicada aos vestibulandos, percebi que, até aqui, não há maiores objetos para preocupação. Veja bem, falo em “maiores”, não em “nenhum”. Explico.

Há no edital menção à participação do concorrente em movimentos sociais ou sindicais ligados ao campo. Dentre os muitos critérios/requisitos válidos para inscrever-se, esse é um deles. A verdade é que ser ligado ao MST não é dado bastante e suficiente para que o candidato seja habilitado a usufruir de dinheiro de pagadores de impostos na forma de um curso de graduação. A prova aplicada tinha conteúdo bem diversificado e de qualidade. Podemos então deixar de lado as preocupações? Acredito que não. Continuaremos a observar de perto a execução desse curso, seus professores, alunos selecionados e, especialmente, grade curricular. Uma universidade pública e de qualidade não pode direcionar os recursos escassos do contribuinte brasileiro para atender ao interesse de grupos fechados, obscuros, que atentam contra a democracia e o estado de direito. Que tipo de conteúdo seria veiculado em uma escola do MST? Google it! (MST, escolas, ensino)


2 comentários:

tmartorelly disse...

Limitar o acesso ao curso apenas aos participantes de movimentos sociais agrários é manifestamente ilegal. Ainda acho e defendo que a Aliança pela Liberdade deveria criar uma assessoria jurídica para proteger os alunos dessas arbitrariedades.

Deco disse...

Martorelly, estou de acordo!

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