sábado, 1 de outubro de 2011

Nossas propostas


*Por Aliança pela Liberdade
Excelência acadêmica com Liberdade. É com esse princípio norteador que a Aliança pela Liberdade vem a público anunciar sua candidatura ao Diretório Central dos Estudantes (DCE) e à Representação Discente da UnB (RDs).
Nossas propostas se dividem em três partes. A primeira delas são as propostas de melhoria do ensino. O segundo grupo incorpora medidas de melhoria da vida acadêmica. Por último, mas não menos importante temos as propostas de melhoria da Administração da Universidade.
Antes de tratar de cada uma dessas partes com maior profundidade gostaríamos de expressar nossa razão de ser e nossos princípios políticos: liberdade, pluralidade e meritocracia. Nosso proposito é tornar o movimento estudantil mais democrático e mais próximo das demandas da maioria dos estudantes.
a) Propostas para melhorar o Ensino.
Como em qualquer ambiente democrático a Universidade comporta uma diversidade enorme de grupos com visões de mundo distintas e que representam indivíduos com interesses também distintos. Se queres saber a qual partido pertence à Aliança, a resposta é simples: o partido dos estudantes que vieram a UnB para adquirir e produzir conhecimento.
A Aliança representa o estudante que veio a UnB em busca de excelência acadêmica, o que passa pela qualidade do corpo docente, qualidade das instalações, qualidade da pesquisa, opções de projetos de Extensão, fortalecimento das empresas juniores e pela presença das fundações de apoio.
As fundações incrementam os recursos disponíveis para pesquisa dentro da Universidade, dando assim mais opções de projetos. Não alimentamos nenhum tipo de rancor contra as empresas privadas que firmam parcerias com as universidades. Trata-se de uma convergência de interesses onde todas as partes podem ganhar: a universidade recebe recursos extras para pagar bolsas e equipar laboratórios, os estudantes ganham mais opções de pesquisa e podem por em prática o conhecimento e as empresas, por sua vez, ganham com o resultado prático da pesquisa.
b) Propostas para melhorar a vida acadêmica.
Além de ter uma universidade que nos prepara para nosso futuro, a Aliança considera fundamentais as propostas de melhoria do cotidiano do estudante. Aqui incluímos propostas de mais salas de estudo, laboratórios de informática,aumento das concessões na universidade (mais opções de restaurantes, lanchonetes, livrarias, copiadoras etc.), assistência aos estudantes carentes e, sobretudo, segurança no campus.
Não vemos nenhum motivo para que não tenhamos a presença da PM no campus. Sabemos do histórico dessa universidade em décadas passadas, quando a polícia (a mando de governo autoritário) era utilizada para perseguir estudantes considerados subversivos. Virada essa página trágica de nossa história, hoje vivemos num Estado Democrático de Direito. Decerto que abusos por parte da polícia são possíveis, mas os riscos de não termos a polícia são ainda maiores.
Nos últimos meses assistimos a inúmeros atentados contra a vida, a liberdade e o patrimônio da comunidade acadêmica. Os crimes foram desde furtos de pequenos valor, arrombamentos de carros, tentativas de seqüestro e um estupro. A certeza da ausência da polícia é um convite à criminalidade.
c) Melhoria da Administração da Universidade.
As universidades públicas do Brasil seguem um modelo de autonomia universitária. Autonomia significa que parte das decisões que concernem a universidade podem ser decididas dentro da própria universidade pelos setores que a compõem (professores, estudantes e funcionários).
A Aliança defende que a Universidade seja sempre mais transparente e maiseficiente em seus gastos. Defendemos também a redução da burocracia e respeito as normas de convivência.
Esses são os valores que irão pautar nossa atuação no DCE e nos RDs e, como propostas concretas de melhoria da Administração, defendemos que a BCE tenha assento no CONSUNI. A nossa biblioteca, mesmo sendo tão fundamental para as atividades da universidade, não é representada no principal conselho da Universidade, o que constitui um dos fatores que explica as dificuldades financeiras pela qual ela passa.
Sobre este último tema, destacamos duas questões que tem figurado no noticiário da UnB: trotes e festas. Acreditamos que a confraternização dos estudantes e a recepção dos calouros são indispensáveis. Todavia, não aprovamos nenhuma medida que acabe por atrapalhar as atividades principais da universidade (ensino, pesquisa e extensão), isto é, atividades que depredem o patrimônio público ou que violem as liberdades individuais. Não aprovamos manifestações de cunho homofóbico, assim como não concordamos com trotes violentos ou humilhantes.
O importante é que a reitoria deixe bem claro o que pode e o que não pode dentro do ambiente acadêmico (no que concerne a festas e trotes temos autonomia para definir nossas regras) e que faça cumprir as normas.

Um novo modelo para o DCE
Problema: atualmente o Diretório Central é distante da realidade dos alunos. Diante de tal cenário, nossa proposta é uma nova composição, por meio de um sistema parlamentarista.
Como é hoje: chapas concorrem ao DCE e ganha quem tiver mais votos em toda universidade.
Como ficaria: cada curso elegeria um representante. Os representantes de todos os cursos formariam um conselho que assumiria as funções do DCE.
Vantagens:
- Aproximaria o Diretório dos estudantes, visto que os estudantes, de todos os cursos, teriam um representante.
- Diminuiria a influência de partidos políticos. Ao descentralizar a eleição, o debate se daria em torno dos problemas reais dos alunos de cada curso, e não da cartilha de nenhum partido.
- A influência de grupos externos também seria reduzida porque a campanha seria mais barata. Fazer campanha só para um curso custa muito menos que fazer campanha na Universidade toda. Dessa forma o peso partidário (que se faz muitas vezes por meio de financiamento das campanhas de suas chapas) seria diluído, uma vez que o diferencial da campanha não seria a quantidade de material, mas a qualidade das ideias.
- Torna o DCE mais democrático. Hoje o DCE é controlado por um único grupo que se considerano direito de falar em nome de todos os alunos da UnB. Num sistema parlamentarista haveria espaço institucional, dentro do próprio DCE, para divergências e oposição. Ou seja, o DCE voltaria a ser um espaço de debates, ao invés de um mero instrumento político.
e) Nossos quatorze pontos
1. Proposta de um DCE parlamentarista: cada curso elegeria um representante. Os representantes de todos os cursos formariam um conselho que assumiria as funções do DCE.
2. Lutaremos pelo aumento de concessões no campus: mais lanchonetes, livrarias, bancas de jornal e xerox com mais concorrência, maior qualidade e menor preço.
3. Trabalharemos pelo fortalecimento e pelo patrocínio das Empresas Juniorescomo método de promoção de uma cultura empreendedora e do ensino prático.
4. Buscaremos que sejam publicizados todos os gastos da UnB, deixando acessíveis todas as notas fiscais na Internet, como método de garantia de transparência e moralidade do orçamento.
5. Lutaremos pela manutenção da existência das Fundações de Apoio, como instrumento essencial de suporte às atividades de pesquisa e extensão da UnB, e buscaremos a implementação de medidas que garantam maior transparência na gestão dos recursos das mesmas e mais facilidade de financiamento às pesquisas de estudantes.
6. Proveremos instrumentos à UnB para o estabelecimento de uma política permanente e efetiva de sustentabilidade ambiental, em todos os campi da UnB, inclusive pela utilização de novas tecnologias que diminuam o desperdício de recursos naturais e diminuam os gastos da Universidade com infra-estrutura.
7. Defenderemos uma efetiva integração entre os campi da UnB, nos campi e de política estudantil. É essencial que reuniões dos Conselhos e os grupos estudantis do Darcy Ribeiro tenham representação permanente nos demais campi.
8. Lutaremos para fazer com que as mídias da UnB (unbtv, editora unb, site unb.br) estejam sempre disponíveis para apoiar projetos dos estudantes, especialmente a produção acadêmica e cultural.
9. Estimularemos a realização de trotes com orientação pacífica e cidadã, buscando a integração e a tradição sem violência.
10. Proporemos medidas efetivas para melhorar a segurança no campus, com especial enfoque para iluminação, nossos estacionamentos e para a defesa da mulher em sua dignidade e integridade, compatibilizando-as com o direito individual à privacidade.
11. Trabalharemos pelo aumento de convênios com renomadas universidades estrangeiras, especialmente para graduação.
12. Defenderemos a simplificação dos processos administrativos da UnB, inclusive pela utilização de formulários eletrônicos e pela integração dos vários sistemas e bases de dados da Universidade.
13. Promoveremos a implementação efetiva de projetos que combatam focos da dengue nos campi, pela eliminação de nascedouros e treinamento de pessoal do quadro administrativo.
14. Buscaremos um ambiente mais adequado para incentivar a permanência dos alunos no campus, de modo que haja debates, e maior senso de comunidade e fraternidade estudantil; para tanto, sugerimos a criação de mais salas de estudos e laboratórios de pesquisa.

10 comentários:

Marcio BSB disse...

parabens pela iniciativa. Sou estudante do doutorado e estou cansado do patrulhamento ideológico que existe na UnB.
O que puder ajudar, estamos aó. boa sorte.

Deco disse...

Márcio,

Agradecemos pelo seu apoio! Lembramos que os alunos de pós votam e que a eleição é proporcional para os Conselhos, ou seja, TODO VOTO CONTA!
Se quiser ajudar a divulgar, basta entrar em contato pelo liberdadeunb@gmail.com

Um abraço da Chapa!

Anônimo disse...

Aleluia, uma chapa que corresponde às reais necessidades da UnB. Pena que se ouve pouco dela.. Eu, pelo menos, não vi algum de vocês passando pelas salas e falando das propostas. Eu acho que se fizessem isso poderiam atrair muitos votos... Não são poucas as pessoas que se cansaram do discurso das outras chapas. Espero que ganhem mais visibilidade.

Thiago Matias disse...

"Infleizmente" nós da chapa 4 somos estudantes como a grande maioria dos alunos da UnB, estamos lá para... estudar (sei que para alguns isso pode parecer estranho). Não gostamos quando nossas aulas são interrompidas por motivos do século passado e nos esforçamos para não atrapalhar as aulas alheias quando for possível.
Agradecemos seu apoio e se você realmente gosta de nossas propostas ajude-nos a divulgá-las entre seus colegas e amigos.
Lembre-se, a eleição para RD é proporcional, se tivermos 10% dos votos temos 10% das cadeiras, ou seja, todo voto conta!

Pedro bsb unb disse...

Essas sim são propostas dignas à uma universidade como a UnB.

é uma pena que a chapa 4 não concorra ao DCE...

João Renato disse...

estou na UnB desde 2008 e finalmente apareceu uma chapa que não fica viajando com propostas absurdas como "fora PM do campus" ou "nem enem nem vestibular, acesso livre já" ou outras idéias mirabolantes que já vi nesta UnB. É bom saber que agora tenho outra opção na UnB, pq antes era tudo extrema-esquerda-mega-revolucionária-tomaremos-a-unb-UHUL! né tava tenso, mas eh uma hapa que tava voltada mais pras necessidades básicas e primordiais de todo aluno da UnB. Eu curti pra caramba tudo isso. Parabéns aí ao grupo!

Anônimo disse...

Pedro bsb unb, agora nos concorreremos também ao DCE. Contamos com o apoio de vocês!

Marcus Vinícius disse...

Só para eu me situar: qual a diferença da Aliança, para a TAU?

Deco disse...

Total diferença, Marcus. Basta entra no blog deles e no nosso e ver os sites usados como referência. Não acreditamos em discurso moralista, não somos de nenhuma seita religiosa, não temos nossos cabeças servindo a nenhum partido e não temos histórico de traição e desonestidade entre os atuais membros.

Marcus Vinícius disse...

Obrigado pelos esclarecimentos, DECO! Agora decidi. Como eu sigo seitas religiosas e tenho preferências partidárias, NÃO seguirei vocês.

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