quarta-feira, 4 de abril de 2012

CEB SOBRE A CALOURADA: Gritos versus argumentos



*Por Saulo Maia Said


Ganhar no grito: Ato de sobrepor à vontade de outro através da imposição da voz ou da insistência com as mesmas palavras. Essa situação é muito comum quando alguém não encontra meios eficazes de sustentar suas posições. Há o exemplo de várias espécies de animais que podem ganhar duelos gritando, sem nenhum embate corporal.


O último CEB, do dia 3 de abril de 2012, teve como ponto de pauta a Calourada 1º/2012. Os que têm acompanhado o site do DCE e a fanpage no Facebook já sabem que, com parcimônia e muita tranquilidade, a Gestão do DCE foi rebatendo ponto a ponto a rede de mentiras e desvarios espalhados por gente que costuma ter compromisso apenas com seus partidos e projetos de poder. Raras foram as críticas ponderadas e construtivas. Os que tinham por costume odiar, continuaram odiando. Alguns desses indivíduos, que ainda se sentem donos da universidade, que adoram falar em coletividade, mas que exigem sua carteirinha de filiado ao partido y ou ao movimento social x para lhe dar o direito de voz, achavam um absurdo uma festa aonde pensar no risco econômico fosse natural. (Informações sobree sobre a calourada, acesse: Calourada. Informações sobre a reunião de ontem, acesse: Secom e CEB).

Sempre as mesmas figurinhas, sempre as mesmas caras, dizem por aí que esse modelo de festa exclui os Centros Acadêmicos, pois já estava pré-formatado e os tornava apenas pontos de venda. Bom mesmo era o modelo anterior, no qual você só era incluído se entrasse com dinheiro, trabalho e, claro, muita dor de cabeça. Nada como socializar o patrimônio alheio e construir coletivamente um prejuízo (dos outros, já que você poderá sair com um ótimo know-how de festas e encher as bolsas de dinheiro em sua própria Calourada com um nome um pouquinho diferente). E isso tudo, prejuízo e frustração, é visto como um erro sobre o qual deve-se apenas refletir. Sabemos o que todos esses grupos com interesses diversos dos dos estudantes querem.

Todos querendo pilhar o projeto construído por iniciativa do DCE. Sim, o projeto está sendo desenvolvido com uma parceria de ABSOLUTO sucesso e jamais antes vista na história dessa Universidade, mas o que importa é detoná-lo, já que a idéia partiu do DCE e já que nada que venha dessa gestão pode ser bom. Preferem arruinar as contas do DCE e vê-lo em ruínas a tolerar qualquer sucesso da atual gestão, mesmo que muito maior seja o sucesso de todo o público (No momento em que esse texto foi postado, 41 CAs já confirmaram participação, número muito superior ao alcançadas nas últimas gestões).

Não percebem os que se ocupam apenas em destruir que o sucesso da atual gestão significa que a representação estudantil da UnB será deixada em um patamar mais elevado, venha quem vier depois? Não percebem que o profissionalismo, equilíbrio e responsabilidade, que são o norte da atual gestão, são valores a serem cultivados por todos em benefício de todos? Não, não percebem. Afinal, não perceberam até hoje que o resultado eleitoral da disputa para DCE foi um basta ao autoritarismo, intolerância, sectarismo e megalomania que caracterizava o velho modelo.

A atual gestão não age irresponsavelmente, nem aposta o patrimônio e o nome dos CAs (e dos/das estudantes por eles representados) no cassino das palavras de ordem e do discurso pré-formatado.

Responsabilidade e convicção são a marca da Aliança pela Liberdade desde o seu surgimento. Estamos convictos de que se deve ouvir antes de falar. Estamos convictos de que não é berrando que conseguimos as coisas e de que, se o outro lado não concordar, palavras de ordem e ofensas só irão convencer aos outros de que você não convenceu nem a você mesmo. Se seu argumento é tão bom, qual a necessidade de berrar ou de calar o outro? Não é assediando as pessoas para que mudem seu voto que se vence uma votação, ao menos não quando as regras são claras, previamente estabelecidas, aplicadas a todos igual e honestamente. Como talvez exista uma confusão sobre o significado dessas duas concepções, certas pessoas não conseguem conviver com o diferente.

Não, não representamos nem representaremos a desordem e a intolerância. A Aliança pela Liberdade continuará a portar-se com o mesmo espírito de serenidade, compreensão e responsabilidade para com aqueles que representamos, seja na execução profissional de uma festa, seja na condução civilizada de uma deliberação. Esteja este grupo à frente do DCE ou nos Conselhos Superiores da UnB, a tolerância e o respeito mútuo continuarão a ser a regra de conduta. Que os exemplos como o capturado pelo vídeo sejam apenas lapsos de memória de um movimento estudantil que já passou.

Recordemos que essas práticas autoritárias de tentar vencer no grito e nos empurrões, desprezando o Estado Democrático de Direito, não passa de mais do mesmo daqueles grupos minoritários que até hoje não aceitam a derrota das urnas:



*Saulo Maia Said é graduado em História pela UnB e mestrando em Ciência Política pelo IESP-UERJ, antigo IUPERJ. Membro da Aliança pela Liberdade desde 2009.

Nenhum comentário:

Blog da Liberdade